30 de nov. de 2010

DEPOIS DE UM DIA DE CÃO, UMA VISITA ILUSTRE. PARA SEMPRE: O PAUSINHA


Suspiros aliviados - nosso dia hoje foi um inferno! Ontem, Mister Lerdinho, motorista do Grande Oráculo, aprontou mais uma e acabou tendo o carro lacrado na vistoria. Depois de ficar nervoso, GO me pediu que deixasse o táxi pronto para 13h de hoje. Acordei cedo, pois tinha prova, e marquei o táxi às 9h. O retardado do táxi chegou às 12h30. Grande Oráculo ainda estava de molho na sua piscina. Não quis sair tão cedo. O motorista não esperou e foi embora. Resultado: tentei arrumar táxi de 13h às 14h sem sucesso.


Cansada de ligar e ter que ouvir:

- Desculpa senhora, não temos carro!

Desci as escadas do Bukowski e peguei o primeiro táxi que vi. Parecia que estava salvando uma vida. Enquanto isso, Grande Oráculo puto em casa. Mister Money me ligando sem parar. E todo o resto: tenso. Afinal, o Grande Oráculo chegaria a qualquer momento. Cheguei lá, ele nem me olhou. Irritado entrou no táxi e nada falou. Eu ria no banco de trás falando com Miss Nica. Depois que ele chegou ao Bukowski e “soltou os cachorros” em todos nós, ele ficou melhor. E nós também.

No final do dia, fomos presenteados com a visita ilustre de Mister Pausinha. Que gordo pra “caralho”, veio reclamar que não paro de escrever sobre ele. É verdade. Sempre bom escrever sobre os amigos que sentimos saudades.

Esbaforida,

Miss Janis.

25 de nov. de 2010

CANSADOS DO ASSUNTO DO DIA, MUDAMOS O TEMA: UMA HISTÓRIA DO BUKOWSKI PARA AMENIZAR O PAVOR


Não vou falar de violência. Depois de uma cobertura espetacular e espetaculosa seria até crueldade repetir as cenas de bandidos correndo, “bala comendo” e pessoas morrendo. Não vamos fazer isso. Não iremos ser vencidos pelo pânico e por aqui a lei é clara: vida normal.

Parece que passou um vendaval no Bar. Mister Pausinha antes de sair do Bukowski deixou um “presente de grego” para nós. Fechou dois dias de gravação com uma produtora de filmes aqui no Bukowski. Com isso, tivemos a casa transformada e detonada. Coitado do Mister Mago, que morando uns tempos por aqui, se viu obrigado a tomar conta dos “bagunceiros” até às 4h de ontem e vai ter que ficar até às 4h de hoje também. Mister Money, que de bobo não tem nada, já tratou de tirar as fotos dos estragados. Afinal, alguém vai ter que pagar a conta depois.

E já que as pessoas estão apavoradas e com medo do Rio de Janeiro, nós vamos sair. As ruas estão vazias, os bares abandonados, por isso, vamos aproveitar. Nada de fila para a cerveja do dia-a-dia. Nada de demora para atravessar a Zona Sul. Hoje, o Rio é nosso. E que venham todos. Não temos medo do fogo, mas da onda de medo que está tomando conta da população. Nós somos soldados da paz, do rock e do amor e não vamos abandonar nossa cidade.

Em busca de companheiros de guerra,

Miss Janis e Cia.

24 de nov. de 2010

ASSUSTARAM-SE COM AS ARMAS. NÃO ERA FILME, MAS CENAS DA VIDA REAL


Leitoras e leitores do meu Brasil,


Terça atípica no Bukowski. Baronesa apareceu às 18h sem ser convidada, trazendo na mão uma garrafa de vinho. Ficamos todos excitados. Afinal, qual bêbado não pula de alegria quando vê álcool. Bebemos. Depois da garrafa de vinho, só nos restou uma garrafa de uísque esquecida. Bebemos e descobrimos que não havia mais cigarro. Mister Mago, que é novo por aqui, foi o escolhido para a missão do cigarro. Nada tão difícil. Afinal, santo Salvação do dia-a-dia (aos que não conhecem: é um boteco que fica praticamente ao lado do Bukowski. E no qual, muitos de nós já encheu a cara depois do Bukowski. Bons e velhos tempos aqueles)!

Mas, é justamente nessa ida ao bar que a história começa. Nesse pânico que estamos vivendo no Rio de Janeiro, todos bem sabem que a polícia está nas ruas. E ontem comprovamos que estão mesmo. Mister Mago foi revistado, junto com outras pessoas que estavam no bar. Tiveram que levantar a blusa e ser vasculhados pela polícia. Achamos que a polícia deve fazer o que acha ser melhor. Ele só ficou assustado e nós também. Estavam no escritório: Baronesa, Grande Oráculo, Miss Dentucinha, Mister Money e eu.

Era por volta de 21h, enquanto Mister Mago estava no bar, olhamos pela câmera e vimos vários policiais armados passando na rua. Eles estavam prontos para a guerra e nós, apavorados pelo que poderia estar acontecendo. Tacaram fogo no carro com Mister Lerdinho dentro esperando por nós? Estaria acontecendo uma revolta na Álvaro Ramos? Não, apenas rotina. “Puta rotina injusta”! Resolvemos beber em casa. Afinal, estamos vivendo uma guerra por aqui.

Acordamos hoje bêbados, graças a nova droga criada com a junção de vinho e uísque. Não lembrávamos de muita coisa, nem que havíamos dormido. E tivemos como despertador, a língua babada do São Bernardo do Grande Oráculo. Foi quando nos lembramos que mesmo nos piores filmes de terror, sempre há pelo menos algum final feliz.  

SOS,

Rio de Janeiro.






18 de nov. de 2010

DEPOIS DO BOLO, A GUERRA FOI DE GUIMBA DE CIGARRO


Começo o dia com o céu lindo de se ver. Nesses dias é difícil esquecer-se do que é ser carioca, mesmo quando não se é uma típica. Tentei tirar uma foto do Cristo, mas o BlackBerry não tinha foco para isso. Fica a intenção. Da próxima vez chego ao dedo dele.

Ao chegar ao escritório, o clima estava bom. Pessoas animadas e algumas atrasadas, afinal: clima de Rio de Janeiro. Hoje é aniversário da Miss Fofoca, detetive e fofoqueira do Bukowski. Ela só fica atrás da Arlete, fofoqueira número um do Bar.

A aniversariante ficou pedindo bolo desde ontem. Falou que desde que começou a trabalhar aqui nunca ganhou um (pausa para comentar que eu também nunca ganhei – rsrs). Assim que cheguei, encomendei um bolo. Na hora dos parabéns não nos agüentamos, após o primeiro pedaço servido a cada um, pedaços de bolo de chocolate começaram a voar por aqui. Ficamos todos “cagados”. Principalmente depois da idéia genial do Grande Oráculo de fazer guerra de guimba de cigarro. Terminamos sujos de chocolate e cigarro. A próxima atração que nos aguarde. Hoje vai ser Mercadinho. Fedidos mesmo. Sujos mesmo. Mas juntos, e sem dúvida, bêbados.

Descabelados e “cagados”,

Todos nós.

17 de nov. de 2010

TOMOU UM BANHO E NÃO FOI DE CHUVA. FICOU ENCHARCADA E MAL SABIA DE ONDE VINHA


Começo o dia no Consulado Americano. Depois de dois anos trabalhando direto, vou tirar minhas primeiras férias. E como nesse ano fiquei afastada da minha família, primeiro programa: Estados Unidos com mãe, pai, irmã e cia.

A coisa mais estressante do mundo é tirar o visto. Alguém precisa avisar isso aos “gringos”. Devíamos chegar lá com uma caipirinha na mão e obrigá-los a tomar, para ver se os endurecidos e enrijecidos agentes se tornam mais benevolentes. Muito tensa a coisa. Parecia que a minha vida dependia daquilo. Uma fugitiva da lei, indo em busca do sonho perdido nos EUA. Mas adivinhem? Não há motivos para eu trocar o meu Rio de Janeiro que continua lindo, por lugar algum. E disso, estejam todos certos.

Voltando do Consulado, lembrei que havia esquecido de mandar os cachorros do Grande Oráculo para o banho semanal no pet shop. Como sabia que o esporo seria certo, a solução: dar o banho eu mesma. E lá fui eu. Peguei um taxi e fui rumo ao Cosme Velho, com escova de dente, pasta e xampu para cachorro. Nem sabia que havia tudo isso para animais. Na verdade com tantos produtos, percebi que eles são mais bem tratados do que eu (Socorro! Um salão com urgência!).

Cheguei e peguei a mangueira. Com um Labrador, um Beagle e um São Bernardo, de “baldinho” não seria. Primeiro, o Beagle. Foi tranqüilo, afinal de contas, era o menor; segundo, o São Bernardo. O animal que ainda é filhote mordia o meu dedo a cada tentativa de escovação (para os que não sabem, porque eu pelo menos não sabia, a escova para cachorro é colocada como uma luva no dedo indicador); terceiro, o Labrador. Esse foi difícil. Para quem conhece a raça, eles são extremamente “brincalhões”. Uma criança que não cresce jamais. Por isso, a cada vez que eu tentava molhá-lo, ele pulava como um canguru. Por um momento, não sabia se estava no Cosme Velho, ou na selva africana.Terminei encharcada e ele sem banho. Nunca mais me esqueço do Pet Shop.

Molhada e descabelada,

Miss J.

11 de nov. de 2010

NA LOUCURA DA VIDA, MUITA COISA ACONTECEU: CONTINUAMOS VIVOS E COM O MELHOR DO ROCK ‘N’ ROLL


Bukowskianos e pessoas afins,

Para aqueles que acharam que estávamos mortos: continuamos vivos. Para aqueles que pensaram que havíamos desistido: não desistimos jamais. Para aqueles que acharam que começaríamos a tocar sertanejo: nem nos nossos piores pesadelos (rs). Continuamos aqui, na Rua Álvaro Ramos 270, com o mesmo som e as mesmas pessoas.

Sumimos um pouco, porque fomos sabotados pela internet. Ficamos duas semanas sem internet, sem telefone, sem computador... Nada. E depois, fomos surpreendidos com a entrada de um novo personagem e a saída de outro.

Na segunda, fomos agraciados com a entrada de Mister Mago, funcionário da noite, que começou a trabalhar no escritório com a gente. Estávamos precisando de mais um. Além de mais trabalho, o escritório estava meio desanimado. E como Grande Oráculo gosta da casa cheia, era hora de convocar mais um de nós. Porém, na segunda à tarde, fomos abatidos. Um de nós saia. Nunca é bom perder alguém por aqui. Depois de dois anos vi sair Miss Nica, Baronesa, Miss Mom, Mister B e agora, Mister Pausinha. Sentiremos saudades Pausinha. Ficamos arrasados. Seu lugar sempre estará guardado entre os “Escrotinhos”.

E a nós? Agora cabe a obrigação de fazer e criar novas histórias. Novos personagens, novos rumos e muitas risadas. Assim esperamos!

Ansiosa pelo que ainda há por vir,

Miss Janis.

1 de nov. de 2010

APESAR DE VESTIDOS DE MONSTROS, NÃO ASSUSTARAM. NÃO ERAM APENAS CLIENTES, MAS AMIGOS, QUE ARREBENTARAM MAIS UMA VEZ


Antigamente, quando a casa não era tão conhecida e nós tínhamos apenas duas pessoas no "marketing", sendo que uma, além do "marketing", ainda cuidava da arrumação e cuidados com a casa, que teria que abrir no final de semana, nossa verba era pequena. Trabalhávamos com uma grande festa a cada três meses e não toda sexta, como funciona agora.

“Halloween” era a nossa grande festa. Era o dia em que Mister Money, mesmo injuriado, teria que liberar a grana. O primeiro "Halloween" que vi acontecer aqui: foi maneiro. O segundo foi muito maneiro. O terceiro e último foi muito mais do que maneiro. Miss Dentucinha e Mister Braço arrebentaram na produção. Tinha bruxa voando, corpos pendurados, sangue, muito sangue espalhado e a bagatela de R$ 500,00 em consumação para a melhor fantasia da noite.

Começamos bem. Por um acaso do destino, Baronesa e Miss Nica apareceram por aqui. Grande Oráculo também deu o ar da graça, animado, junto com Miss Picture, sua namorada. Só Mister Pausinha não veio. Após o fora da namorada ou namorado, ou ambos - menino complicado esse -, ele já não é mais o mesmo. Vive em sua casa, com a luz apagada. De cara cheia, comendo pizza fria e tendo por companhia: a abóbora, que foi bolinada na festa de "Halloween". (Pausa para dizer: uma das abóboras de “Halloween” foi “comida” na noite de sexta).

Todo mundo colaborou. Todo mundo fantasiado e machucado, graças às maquiadoras sensacionais que vêm todo ano. O prêmio de primeiro lugar foi para as Piranhas 3D; o segundo, para a Noiva Cadáver, e o
terceiro, o “micareteiro” - nada causa mais espanto do que isso. Valeu pela defesa da fantasia.

E eu: terminei dormindo no banco do Bar Bukowski. Porque, além de bêbada, estava cansada. Acordada desde 6h do dia anterior, virei o zumbi do Bar. Só não teve direito a baba, mas um monte de foto para provar.

Hoje, tem dose tripla de tequila no Dia de Finados: "Nós que aqui estamos, por vós esperamos", para ouvir o melhor do rock 'n' roll.

Abs,
Miss Janis