18 de fev. de 2010

QUANDO DESCOBRI QUE O BAR BUKOWSKI ERA MEU MARIDO!

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Minha primeira vez no Bar Bukowski foi na São João Batista. Para quem não sabe, o Bar já teve quatro endereços: primeiro, na Rua Paulo Barreto; depois, na Paulino Fernandez; terceiro, na São João Batista e por último Álvaro Ramos 270, onde estamos até hoje. A casa que homanageia o autor Charles Bukowski está resistindo desde 1997!

Aqui é um lugar comum. Um trabalho como outro qualquer. Porém, o que nos faz diferentes, é que trabalhamos entre amigos. E temos toda a liberdade que um ser humano deve ter. Somos felizes com essa pitada de loucura, liberdade e trabalho. Unidos para que todos os frequentadores se sintam em casa.

Trabalhamos de 2ª a 6ª no escritório para que o final de semana aconteça. Aqui, além de muito trabalho, existe também muita brincadeira. São copos cheios de água escondidos atrás da porta; guerra de spray de cabelo; cigarros que explodem; sustos repetitivos e quedas em câmera lenta da Maria. Tem também o jeito meigo do Pato Novo e a braveza misturada com a proteção de pai do Arnaldo Sampaio. Já eu, sou bem brava. Todos me conhecem por isso. Mas a braveza é só para esconder esse lado chorão. Charles Bukowski também era bravo. Por que será? Não porque seria um chorão. Acho que era uma defesa (Leia “Misto Quente” e entenderá!).

Depois de anos de trabalho, entendi que isso não era apenas um trabalho. Aqui não se trabalha apenas. Vive-se para o Bukowski. Casa-se com ele. Não lamento por nada disso. Foi aqui que fiz uma vida. Foi aqui que fiz amigos. Foi aqui que encontrei meu amor. Então, se, em vez de 2 anos de casamento, eu viver 30, terei a certeza de que foram os melhores anos de um casamento e de uma vida.   

Ele me faz feliz todos os dias!

Abs,

Eu

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