30 de dez. de 2010

AS ÚLTIMAS PALAVRAS ANTES DO NOVO AMANHECER


Não é fácil fazer o ÚLTIMO texto do ano. As palavras falham e o botão de “delete” é usado a todo momento. É difícil achar palavras que expressem o ano de 2010. Por mais que não sejamos sentimentais, é difícil não sentir esse momento de transição. Sabemos que a comemoração não é geral. Chineses, judaicos, islãs, entre outros, não comemoram nesse dia. Como isso é uma questão cultural e aqui vivemos, fica difícil não sentir esse mundo de possibilidades e descobertas que se apresenta. Sempre boa a sensação do novo.

Nesse ano foram inúmeras festas. Refizemos as que viraram tradicionais, como a Festa do Orgasmo, “Halloween”, aniversário do Bar Bukowski e de Charles Bukowski, Dia das Crianças. Colocamos piscina de bola, fizemos o povo beijar a barriga, compramos idéias, trocamos “drinks” por um “duck walk” do Chuck Berry, demos R$ 500,00 em consumação pela melhor fantasia. Fizemos de tudo. Erramos em algumas. Acertamos em outras. Podem aguardar por mudanças no próximo ano. Nas mídias sociais conquistamos novos amigos. Aqui, mantivemos os antigos. Alguns sumiram. O que é normal. Novos chegaram. E muitos outros continuam vindo como de costume. Pessoas que nos emocionaram durante o ano. Outros nos odiaram. O que também é normal. Acreditem, foi tudo feito com a melhor das intenções. Nosso desejo é que as pessoas cheguem aqui e se sintam em casa. Resistindo sempre ao som do rock ‘n’ roll.

Desejamos aos nossos freqüentadores, clientes, amigos, parceiros e familiares (afinal, passamos mais tempo aqui do que em casa) um feliz ano novo. Muita saúde, paz, evolução e equilíbrio para o ano que começa. Além de muitas mais garrafas e momentos etílicos. Esperamos que ano que vem, possamos “bombar” mais uma vez juntos. Um obrigado a toda nossa equipe: Mister Braço, Miss Dona, Mister Big, Miss Brilho, Jimmy H, Mister Galã, Miss Fresca, Mister Urso, Mister Hat, Miss Hepburn, Miss Delícia, Mister Moto, Mister Hein, Garçom Popeye, Boka, Mister Interrogação, Mister Mengo, Mister Falador, Mister Fax, Mister Super Fax, todos os Misters Grandalhões e os Misters Som. Vocês arrebentaram. Foi um grande prazer trabalhar com todos vocês e fazer parte dessa grande família Bukowski.

Um obrigado especial a todos os meus amigos do escritório. Vocês tornam cada dia nessa máquina de loucos, ainda mais extraordinário. Grandes amigos para a vida toda. E todos nós do escritório, Grande Oráculo, Mister Money, Mister Mago, Miss Dentucinha, Miss Artista e eu, desejamos a todos vocês, BOAS ENTRADAS (rs).

Ano que vem nos vemos no blog. Ou mais tarde no Bar Bukowski. Depois, só dia 1º.

Emocionada,

Miss Janis.

29 de dez. de 2010

NÃO COMPRAMOS AMIGOS COM NADA, MAS COM VODCA?!? NÃO SEI NÃO...


Não vou pedir desculpas por ter sumido um “pouquinho”, porque me tornaria redundante, mas explicações eu as devo e darei. Com a saída de Mister Pausinha as coisas ficaram meio loucas por aqui. Como tinha mais tempo no marketing, era natural que eu me tornasse responsável pelos que aqui estão. Dessa forma, virei a coordenadora da equipe de marketing do Bukowski. Com isso, o tempo ficou meio curto. Fazer tudo que eu já fazia e ainda auxiliar pessoas e funções, torna tudo mais corrido. Tem faltado tempo.

As noites de sexta e sábado continuam fazendo sucesso. Mister Money e Grande Oráculo viajaram. Sobrando apenas Mister Braço e eu, para cuidar de todos esses malucos. Inclusive quinta e sábado, noites em que abriremos. Natal, nós abrimos dia 24 e 25 de Dezembro, com presenças ilustres do Bar Bukowski, mas faltaram alguns. Espero que clientes que faltam como Miss Rocha, Miss Paixão, Miss Reis, Miss Lima, entre tantas outras e outros, apareçam para a última festa do ano. Sabemos que uns casaram, outros tiveram filhos e já não podem mais beber até de manhã. Mas apareçam pelo menos para uma dose e um bate papo (uma é por nossa conta). Saudade de vocês.

Ontem foi dia de receber as estrelinhas (não, não é nenhum tipo de droga). Nesse dia, a equipe recebe um tipo de compensação. Como eles são um pouco preguiçosos e teimosos (rs), agora trabalhamos com um sistema de metas. Eles têm atividades para desenvolver e prazos para orçamento e entrega final. Se eles entregam tudo no dia certo, nós vamos para o bar e a vodca é por minha conta. Caso ao contrário, a vodca é por conta deles. Lembrando que sou filha de alcoólatra. E como diz o ditado: filho de peixe, peixinho é. A “coord” aqui bebe bem. Foi melhor assim. Como todos são meus amigos, estava ficando cansada de falar. Além, de estar ficando chata a situação. Imagina: você quer reclamar da sua equipe com um amigo, mas esse amigo é da sua equipe. A conta do analista estava ficando cara. Achei melhor gastar no bar.

Bebemos até 5h, quando resolvemos ir para minha casa. Teria que acampar todo mundo. Ao chegar em casa, Mister Jimmy H. nos aguardava com cerveja gelada (melhor marido do mundo). O que nos proporcionou mais uma hora de álcool. Acordamos ainda bêbados, o que acontece com freqüência. Caminhamos às gargalhadas até o Bukowski. E o que deveria ser um simples almoço, se transformou na última grande confraternização do ano de 2010.

Cansados, porém animados,

Velhos e velhas safadas do Bar Bukowski.

16 de dez. de 2010

ENTRE MORTOS E FERIDOS, GANHAMOS TODOS. INCLUSIVE O ANDRÉ


Na volta para o Brasil, toda a jornada Orlando-Miami, Miami-Rio, teria que ser refeita. Como saímos do hotel às 10h, chegamos cinco horas antes do vôo no aeroporto. Até aí tudo bem. Estava com saudades de casa, esperaria até o dia inteiro. Nosso vôo estava marcado para 19h50 (horário dos EUA). Quando cheguei à poltrona indicada, percebi que teria como companheiros de viagem um casal. Os dois, super apaixonados, trocavam carícias e juras de amor. Pensei: “que merda!” – Longe de casa e morrendo saudades do meu “namorido” Jimmy H, comecei a me sentir incomodada com as cenas explícitas de amor.

Percebi que havia um banco com três lugares vazios atrás de mim. Quando fui mudar de lugar, uma mulher que estava com os dois filhos, resolveu mudar também. Ambas estávamos de olho nas poltronas. Só que ela não foi sozinha. Levou junto as inúmeras malas que estavam com ela e as acomodou confortavelmente nas outras duas cadeiras. Cheguei, pedi licença e a ajudei a tirar as bolsas de uma das cadeiras. Sentei e ela me olhou com uma cara que dava medo. Para identificar a cena: ela, na janela; as bolsas, no meio e eu, no corredor. "Me esparramei" (licença poética quanto a utilização errada do português, para que percebam como eu estava acomodada) na cadeira.

Enquanto isso, a maluca da mulher, gritava com o filho que estava no corredor ao meu lado: “André, coloca as bolsas na cadeira vazia”. Nunca vi ninguém tratar as malas de maneira tão carinhosa. O paspalho do André parecia surdo e ela não parava de gritar: “André, pega as malas e coloca na cadeira”. Foi nesse instante que comecei a me irritar. A essas alturas, já estava com o MP3 a todo volume e não satisfeita comecei uma batalha com: A MALUCA (estreando nos melhores cinemas). Ela tirou o tênis, tirei o meu que estava com um "cheirinho" suspeito; ela ascendia as luzes da poltrona dela e eu apagava da minha; o André falou que estava com sede, e eu com uma garrafa cheia d’água, bebendo com VONTADE; ela tentava dormir, eu ascendia as luzes. Foram quarenta minutos de guerra e o André continuava com sede. Coitado do André! Na guerra do dia-a-dia, quem estava vencendo era eu. O André permanecia com sede.

Até que a maluca resolveu chamar o André para sentar na cadeira entre nós. Jogou as malas no chão e lá veio o André. Eu nem me movi para ele passar. Espalhei-me na cadeira e lá fiquei confortavelmente. Até que o André e eu descobrimos que os cintos eram interligados. Conforme ele jogava o corpo em cima da mãe para ver a janela, o meu cinto ia junto. Comecei a puxar também. Ele percebeu e parou. Era pelo menos educado o André. 

Já estávamos quase pousando, quando a maluca começou a conversar comigo (Não. Por favor, não...). Até que percebi que misturado com um sotaque paulista, havia um cantarolar mineiro. Ao ouvir o sotaque, desarmei. Adoro Minas e os mineiros. Ou melhor, adoro Minas Gerais e o povo mineiro. Ficou meio esquisita a frase antes. Terra boa e povo “bão”. Eles eram do interior de Minas Gerais e moravam em São Paulo há seis anos. Conversa vai, conversa vem... Até que por fim, descobri que a família do André era um barato. E entre mortos e feridos, ganhamos todos.

Um abraço para o André,

Miss Janis

15 de dez. de 2010

TEVE QUE CORRER PARA PEGAR O AVIÃO E ESQUECEU-SE DA DESPEDIDA, MAS VOLTOU CHEIA DE HISTÓRIAS PRA CONTAR


Amigos e amigas,


A correria na véspera das minhas férias me fez viajar sem dizer “até logo”. Sei que foi um tanto mal educado da minha parte e não vou estranhar se vocês tiverem me abandonado (barulho de mosca. Ziiii. Ninguém no local. O grilo canta. Cri, cri, cri...). Entendam, é a primeira vez que tiro férias em dois anos. Tinha que deixar meu trabalho pronto, entre outras milhares de coisas para a minha ausência.

No meio do ano, minha mãe me chamou para ir a Orlando com ela, minha irmã e o meu padrasto. Não era o meu local dos sonhos, mas seria uma viagem com a família. O que seria bom, já que estive o ano inteiro distante.

Grande Oráculo passou a semana inteira dizendo que o avião ia cair. No sábado ao embarcar, estava apavorada com o avião. Quando vi algumas freiras entrarem no avião, achei que tinha chegado à hora. Enfrentei o vôo. Contei com a ajuda especial da mão da minha irmã e das melodias que cantamos juntas enquanto o avião subia. Momento que será guardado de maneira especial. Lá no alto, vi que não tinha mais medo do avião. No final, até já estava gostando da altura. E na conexão Miami – Orlando recebi um presente especial do céu. Acompanhei lá do alto, um nascer do sol que também jamais será esquecido.

A viagem foi ótima. Chutei a bunda do Mickey; sacaneei o segurança que tinha me visto pelada no sensor, pedindo para ele pagar um chopp; comi a cocha de peru inteira; fui a única a andar na montanha-russa do Hulk; comi o churros dos americanos e continuo gostando mais dos da barraquinha da Pinheiro Machado; tomei um porre sozinha no hotel; liguei para o Bukowski no sábado e fiz eles levarem o telefone para o meio da pista para ouvir o som e dançar. Teve de tudo.

O pior da viagem foi a saudade do Bukowski e dos os clientes e amigos. Senti falta até do pior bêbado. Não tirei nem um mês. Foram dez dias e quando voltei, resolvi vender minhas férias. Voltei para casa. Lar, doce lar.

Não percam a história de amanhã. Imperdível.

Abs,

Miss Janis