Nossa mania do momento é jogar. Resolvemos dividir nossos vícios em vários e supri-los aos poucos, em vez de apenas um em excesso. Segundas e sextas, nós jogamos no Jockey. Nas terças, saímos. Quarta-feira é dia de jogar pôquer. Quinta é o dia da rebordosa. E em todos esses dias, bebemos.
Ontem jogamos pôquer, mas não estávamos com sorte. Na verdade, durante toda à noite flertamos com o azar. Depois de algumas doses de Black Label e algumas puxadas num charuto cubano, percebemos que não era dia. Algumas pessoas ainda chegavam. Velhos amigos. Pessoas que não víamos há muito tempo e foi inevitável não falar sobre a vida. Éramos um bando de loucos entre cigarros, charutos, vinis, a velha vitrola que sempre nos uniu durante a vida, garrafas e mais garrafas de uísque.
Foi bom, depois de horas de papo furado e boas risadas, nos despedimos ao amanhecer num dia ainda nublado. Já não tínhamos mais dinheiro. No final estávamos apostando amendoim. Foi quando comecei a ganhar. Foi bom. Terminei às 7h30 fazendo pé de moleque, ouvindo Aretha Franklin e tomando as “saideiras”. Como eu adoro essas quartas à noite...
Depois que acordei, lá pelas 14h, vim trabalhar. Rever todos aqueles rostos que haviam passado a noite comigo, foi renovador. Sempre bom tê-los por perto, ainda mais depois de uma noite de bebedeira. Como não havíamos comido, o plano era claro: almoçar no Leme. Fechamos o escritório. Grande Oráculo, Mister Money, Miss Ressaquinha, Miss Artista, Mister Mago e eu, rumo a uma tarde incrível no Leme. E foi mesmo... Um almoço delicioso, com direito a entradas, vinhos, medalhão com arroz de gorgonzola e profiteroles. Como é bom comer bem depois de uma noite de quarta. Mais tarde é hora de filme e sono. Que delícia!
Amanhã é sexta-feira e o homenageado é você. Cada um de vocês. Bar Bukowski: resistindo desde 1997 graças a você.
Abraços,
Miss Janis.
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