29 de set. de 2010

ENTRE FANTASIAS E CALCINHAS, SOBREVIVEMOS A TODAS


A história não é pornô. Podem mandar as crianças voltarem para a sala. Está entrando no ar o meu, o seu, o nooosso: Bar Bukowski!

Estava com saudades das nossas histórias, mas a semana está uma loucura. Estou em prova na faculdade e, entre farinhas, facas e bombinhas, não deu. Não havia muito que contar. Mas hoje não. Hoje a histórias é boa.

E, para começar, ontem foi noite das meninas. É “foda” (tirem as crianças de novo da sala) viver entre homens. Apesar de sermos mulheres de calça, de falar sacanagem com eles, de falar de futebol, é difícil termos um tempo só para nós. Ontem, animadas, resolvemos fazer um programa só nosso, destino: “sex-shop”. Nunca havíamos ido. Pegamos nossa “semanada”, pegamos um táxi e seguimos rumo a Ipanema. Chegamos lá daquele jeito: envergonhadas. Entramos, olhando para os lados e com cara de perdidas no Rio de Janeiro. E de fato estávamos. Perdidas, mas animadas. Vimos tudo. Primeiro, fingimos que não queríamos nada. Depois de uma hora na loja, saímos tristes. Não porque não achamos nada, porque até achamos, mas porque foi embora quase o salário inteiro. As meninas do Bukowski admitem: muito divertido ir ao “sex-shop”.

Na saída, animadas com gel, purpurinas e sedas, o destino era certo: cachaça na Zona Sul do Rio de Janeiro. Missão: levar a Miss Artista, que é natureba e anti-alcoólatra a tomar um porre de felicidade. E ela tomou. Entre doses e doses de tequila, as calcinhas saíram do saco e as calças saíram dos corpos e voltamos mais uma vez a ser meninas.

Instigada,

Miss Janis.

28 de set. de 2010

ENTRE O SOM DA BRITADEIRA E O RONCO DE UMA “HARLEY” QUEBRADA




Quem veio ao bar deve ter reparado que temos uma oficina e um lava-jato. Explico: de segunda a sábado de manhã, funciona a oficina de motos do Chicão. A “Harley Davidson”, além de especialidade, é maioria por aqui. Eu sempre gostei de motos. No início, era uma forma de implicar com mãe e pai. Rebelde e revoltada, sempre gostei delas. Porém, de tanta implicância, fiz meus pais se apaixonarem por moto. Meu pai tirou a carteira com 50 anos. E hoje, na minha antiga garagem do Recreio tem uma “Shadow” e uma “Fat Boy”. Ah, se fosse naquela época. Deus realmente não dá asas a cobras.

Porém, mesmo gostando delas e do barulho que elas fazem, a coisa mais infernal é tentar escrever com uma moto defeituosa no andar de baixo, além de enfrentar a britadeira do prédio ao lado. O que está acontecendo no momento. Agora entendo os vizinhos. Então, não dá. Só amanhã.

27 de set. de 2010

EM BUSCA DE UM “SÃO” CHAMADO BERNARDO



Tentei escrever, mas a vontade do Grande Oráculo por um cão São Bernardo era maior. Então, hoje a culpa é dele. Sem texto. Só amanhã. Hoje, apenas atrás de um São Bernardo de pêlo curto. Alguém me ajuda?

Tentando agradar aos malucos de plantão,
Miss Janis.


 

23 de set. de 2010

O CASO ERA SÉRIO, MAS ACABOU COMO SEMPRE NA SACANAGEM


Inacreditável a capacidade do Bukowski de nos fazer conhecidos. Ontem, possuída por uma bronquite asmática, meu corpo me levou para o São Lucas. Não agüentei. A capacidade de respirar era nula. Ao chegar, uma hora de espera. Vi o Grêmio sair na frente e o Flamengo empatar. Vi uma senhora com uma tosse que dava de dez na minha e nada.

Até que a médica, na faixa de seus trinta e poucos anos, abriu a porta e disse: eu a conheço de algum lugar – Pronto! Tinha sido desvendada. Pensei nas possibilidades, mas não encontrei. Ela, nascida na Zona Sul, e eu, criada no Recreio. Não estariam ali nossas afinidades. Até que pensei, pensei e pensei. E já estava quase maluca de pensar, quando falei: é do Bukowski. Foi aquela festa. Gritinhos de alegria e surpresa ecoaram no ar. Senti-me constrangida, mas gritei também. Não largaria minha vida na mão de um médico desapontado e desanimado. Gritei também. Se fazer barulho me ajudasse, teria até chegado com banda. Droga! Fica pra próxima vez!

Então, sentada no canto de um ambulatório, inalando a fumaça do Berotec, tive a melhor onda da vida: a capacidade de respirar. Mas, sem dúvida, a maior e melhor de todas as surpresas ainda estava por vir. Enquanto estava no consultório e era medicada, e examinada, fiquei por volta de duas horas desaparecida. Mister Jimmy H, que estava comigo, ficou desesperado. Com isso, ligou para o Mister Money, que ligou para o Pausinha, que ligou para Miss Dentucinha, que ligou para o Oráculo. Pronto! A gangue toda reunida, em busca de um de nós: eu.

Ao sair do ambulatório, estavam todos em cima da atendente aos berros. Tanto que eles nem notaram que eu estava lá. Até a hora que ouviram “O” meu berro. Ai, ai, ai... Essa minha família. E como diz a propaganda: internação e nebulização: R$ 500,00. Ter seus amigos brigando por você: não tem preço.

Terminamos num bar em “Copa”, eles a base de uísque para relaxar, e eu a base de corticóide e suco de laranja sem gelo. A vida não poderia ser justa mesmo, mas definitivamente ela é bastante divertida. Bar Bukowski, sobrepondo os limites da vida.

De molho,
Miss Janis.



22 de set. de 2010

FALTA O AR, FALTA “BÓIA”, FALTA TUDO. SÓ NÃO FALTAM AMIGOS PARA TODA A VIDA


Olá roqueiros de plantão,


Hoje, nossa central de notícias está meio sem ar. Ou, então, é quem escreve mesmo. Cheguei aqui, como numa ópera de Beethoven, com o drama e a emoção esvaindo pela pele (pausa para contar, acreditem se quiser, que Charles Bukowski era fascinado por música clássica). Estava em crise de bronquite e totalmente sem ar. O pessoal do escritório, que já estava aqui, levantou em sobressalto. Grande Oráculo me cedeu inclusive a cadeira de balanço e Mister Pausinha, sacou o Berotec que, sem dúvida, é muito mais forte do que a bombinha que uso e me fez abrir a boca para colocar. E gritava: puxa! Puxa! Puxa! – Puxei. E fiquei quase sem ar de tanto puxar. Ainda bem que não era: empurra, empurra e empurra. Teriam achado que pari o porco.

Não pari, mas tive certeza, dos amigos maravilhosos que tenho. Apesar, de parte da culpa, ser desses cretinos que começaram a me embriagar desde 15h da tarde de ontem. Não posso. Não dá. Mas fazer o quê? Bar Bukowski: contratando alcoólatras desde sempre.

Esbaforida,

Miss J.

21 de set. de 2010

CAMPANHA: BAR BUKOWSKI, TOCA UMA PRA MIM



Amigos e amigas,

Quando eu estava na faculdade de jornalismo, nunca achei que terminaria trabalhando com um monte de malucos, no marketing de um bar de “rock”. Nós do “marketing”, somos uma espécie de mensageiros das sombras. Não somos vistos. Não somos conhecidos, mas são nossas idéias malucas que ajudam a criar a idéia que as pessoas têm do bar.

É engraçado quando andamos pela a noite do Bar Bukowski. Nas sextas e sábados, vemos a conseqüência de um trabalho feito a oito mãos, com a aprovação é claro, do Grande Oráculo, o grande pastor das “ovelhas do mal”. E temos ouvido várias coisas que nos deixam eletrizados e com vontade de fazer a coisa ainda melhor.

Quanto ao título do texto, apesar de a frase parecer estranha, não fiquei maluca, nem virei prestadora de serviços sexuais. Como vai funcionar a campanha: mande seu “rock” ou “rocks” preferidos para as mídias ou para o email contato@barbukowski.com.br. Os melhores sons serão postados no “Facebook” e “Twitter”, e o mais votado ou comentado do dia ganha uma surpresinha do Bar Bukowski. Mandem seus email e suas músicas. Vamos agitar as redes.

Hoje, tem festa. Ainda não sabemos onde, mas o vinho já está rolando solto desde às 15h. “Eita, brainstorming” (reunião de idéias de todo marketing)!

Já embriagada,
Miss J.



20 de set. de 2010

SOBREVIVENDO A UMA NOITE NO BAR BUKOWSKI



Esse final de semana, eu não trabalhei. Saí da cozinha e fiquei duas noites dando pinta no Bukowski. Confesso que, de início, achei meio estranho. Estou há dois anos trabalhando na noite do Rio. Muitos rostos e nomes já passaram por aqui. Alguns se tornaram eternizados; já outros, apenas uma dança até o amanhecer. Acho que desaprendi a ser cliente. Então, o desafio: ser um cliente no Bar Bukowski. Entrar na fila, pedir bebida, dançar a noite toda, entrar na fila de novo e sair.

Cheguei por volta das 23h. Na verdade, saí do escritório e entrei na fila. Estava tranqüilo. Peguei uns 15 minutos de fila. Nada que a cerveja gelada da tia que fica aqui na porta não ajudasse a agüentar. Entrei. Revi os amigos. Muitos abraços. Era despedida de uma grande amiga da casa e, por isso, todos do “conselho dos especiais” presentes. Era dia de matar a saudade.

Fui ao bar de dentro, que tem a cerveja mais gelada da casa, graças ao Super Gugú, pegar a Heineken nossa de cada dia. Estava ótima. Geladinha como sempre. Levei-a junto comigo ao bar de fora, onde fumei narguilê, joguei conversa fora com as meninas do bar e agüentei o falatório do Boka, além da lerdeza do garçom mais “rápido” do Bukowski: o Garçom Popeye.

Depois do “tour”, invadi a pista e de lá só saí às 7h, quando finalmente fizeram o DJ Vitinho parar. Estava bêbada, leve e feliz. Terminamos todos na minha casa. Hora de relaxar e comer, acompanhados de mais cerveja. Bar Bukowski, fazendo a alegria de clientes e funcionários.

Animada e energizada,

Miss J.

16 de set. de 2010

MESMO O MAIOR PIRATA DO MUNDO PRECISA PARAR



Ufa! Começo este texto com um suspiro, não porque esteja cansada, mas porque estou aprendendo o valor de se respirar. Então, respiremos antes de começar. Temos a chance de praticar um ato involuntário, voluntariamente, para entender o quanto basta somente estar vivo.


Hoje, não fizemos muita coisa por aqui. Grande Oráculo não veio e com isso ficamos todos desanimados. O cara é chato, mas faz toda a diferença. Eu quase que não venho também. Estava mal. O clima está frio. Dia ótimo para umas “horinhas” em casa. Porém, o show não pode parar e o barco do Rock tem que zarpar. Por isso, praticamente morta, mas com toda a rebeldia e energia de um “Pirata do Rock”, vim trabalhar.

Ao chegar tentei fumar um cigarro. Devido à bronquite, furo o cigarro todinho e puxo, puxo e quase não sai fumaça. Talvez desista de tanto puxar. Mas não sei o que aconteceu. Não sei se foi o efeito da corticóide ou de ficar puxando, acabei doida como se fosse o primeiro “cigarrinho de índio” da vida. Ri, emiti sons desconhecidos e me lembrei do quanto é bom ser jovem. Hoje, o que mais espero de uma semana é um bom “Fantástico” para o domingo (estou sem TV a cabo nem um bom filme. Aceito empréstimos), e o único cigarrinho que tenho consumido são aqueles de chocolate (ai... que saudades da nicotina).

Por fim, é isso! Sem muitas histórias de super heróis. Estamos velhos. Já não temos mais aquele pique. Ou foi a boêmia que acabou com a gente? Enfim, sei lá. Sabemos que vamos vivendo. Até mais do que o bar, resistindo desde sempre e talvez para o todo sempre. Isso é com vocês.

Abraços,

Miss J.

15 de set. de 2010

A CADA CLIQUE UMA SURPRESA DIFERENTE. ADMIRÁVEIS SÃO VOCÊS


Companhia Bukowskiana,

A cada vez que abrimos o “blog” e vemos expressões e gestos de carinho, nos emociona. Saber a força de um texto que é lido, em lugares que desconhecemos, nos deixa felizes por um trabalho desenvolvido com muita alegria e muito amor.

Comecei a escrever aos nove anos, na minha “Olivette” verde. Na época, fui a única neta de seis que preferiu a máquina ao disco do Dominó. Não que enxergue burrice na escolha dos meus primos; éramos todos crianças, mas sempre gostei mais da minha escolha. Naquelas teclas, descobri um mundo de diversão, dividido entre as palavras e eu. De uma geração mais nova. Remanescente de “Laranja Mecânica” e “Edukators”, continuo acreditando que cada célula revolucionária é uma revolução. E escrever, para mim, deveria ser isso. Fato que me afastou definitivamente do jornalismo. Não estava a fim de meias verdades.

Por isso e muito mais, que me apaixonei por esse lugar. Aqui trabalho de “Havaianas”, fumo meu cigarro deixando as cinzas cair no teclado (quer dizer fumava, pois estou proibida de me aproximar do cigarro), bebo quando preciso beber (e até quando não preciso), grito quando tenho que gritar e choro, quase sempre: herança dos italianos. Ontem, por exemplo, queríamos beber um vinho. Eu estava bem mal e não fui. O que me salvou. Hoje, ao sair do médico, descubro que estou numa grave crise de bronquite. Então, Grande Oráculo e Baronesa resolveram ir para o “Oui-oui” em busca de comida boa e vinho bom. Terminaram me ligando às 22h completamente bêbados. Queriam a chave para voltar ao Bukowski e dançar. Sorte que esqueci a minha chave e quem acabou dançando foi Mister Money, que, além da chave, ainda perdeu dinheiro para o Grande Oráculo. Coitado do menino; pão duro que é, deve estar chorando o dinheiro até agora.

Sem ar,
Miss Janis.

14 de set. de 2010

PODEM JOGAR PEDRA, ELA DE FATO COMETEU UM PECADO



Amigos e amigas,


De fato, nosso blog está quase dando moscas. Sim, cometi um erro, mas me explico. Tivemos uma semana sem Internet, e eu tive duas semanas de abstinência de criação. Fiquei extremamente doente e estava praticamente colocando a alma por cima e por baixo. Tive que me ausentar.

Com isso, quem escreveria? Mister Pausinha, além de mim, é também um dos escritores da casa. Quando não é ele, sou eu quem escreve e vice-versa, mas no quesito “blog”, eu não toco no dele e ele não toca no meu. Cada escritor tem um jeito de escrever. Ele enrooola. Eu sintetizo.

Mas agora, cá estou eu, e com algumas histórias para contar. Sábado tomamos uma bebida mágica. Vou evitar os nomes, pois nossas mães têm lido os blogs – beijo, mãe. O garoto problema aqui é o Mister Pausinha. Enfim, tomamos a tal bebida e ficamos literalmente numa “chuva de risos”. Não nos molhamos, só se fosse de tanto rir, e terminamos a noite de sábado para domingo invadindo a pista do Bukowski. Não queríamos expulsar os clientes, mas a animação era grande. Só saímos às 14h de domingo. A coisa foi animada.

A novidade do escritório é o Mister Pig, novo animal de estimação do Grande Oráculo. Ele ainda não chegou. Terei que ir a Seropédica para buscar o animal. E não se assustem, pois, de fato, estou falando de um porco.

Hoje tem vinho. Ainda não sabemos onde. Pensamos na Lapa, pensamos em jantar, mas devemos terminar por aqui mesmo. Miss Janis, que vos escreve, ainda está ruim de saúde, mas sofrendo de abstinência de álcool. Não dá para ir para longe, nem ir para lugar sem banheiro. Segura que a coisa está ruim.

Desidratada,
Miss Janis.