Após 4 anos, vivendo e vivenciando o Bar Bukowski, agora chegou a hora de relatar. Nesse espaço, mostraremos tudo por trás do pano. A verdade na produção e a narração do dia a dia. Sejam bem vindos! * Esse blog não passa de uma obra de ficção, ou não.
15 de set. de 2010
A CADA CLIQUE UMA SURPRESA DIFERENTE. ADMIRÁVEIS SÃO VOCÊS
Companhia Bukowskiana,
A cada vez que abrimos o “blog” e vemos expressões e gestos de carinho, nos emociona. Saber a força de um texto que é lido, em lugares que desconhecemos, nos deixa felizes por um trabalho desenvolvido com muita alegria e muito amor.
Comecei a escrever aos nove anos, na minha “Olivette” verde. Na época, fui a única neta de seis que preferiu a máquina ao disco do Dominó. Não que enxergue burrice na escolha dos meus primos; éramos todos crianças, mas sempre gostei mais da minha escolha. Naquelas teclas, descobri um mundo de diversão, dividido entre as palavras e eu. De uma geração mais nova. Remanescente de “Laranja Mecânica” e “Edukators”, continuo acreditando que cada célula revolucionária é uma revolução. E escrever, para mim, deveria ser isso. Fato que me afastou definitivamente do jornalismo. Não estava a fim de meias verdades.
Por isso e muito mais, que me apaixonei por esse lugar. Aqui trabalho de “Havaianas”, fumo meu cigarro deixando as cinzas cair no teclado (quer dizer fumava, pois estou proibida de me aproximar do cigarro), bebo quando preciso beber (e até quando não preciso), grito quando tenho que gritar e choro, quase sempre: herança dos italianos. Ontem, por exemplo, queríamos beber um vinho. Eu estava bem mal e não fui. O que me salvou. Hoje, ao sair do médico, descubro que estou numa grave crise de bronquite. Então, Grande Oráculo e Baronesa resolveram ir para o “Oui-oui” em busca de comida boa e vinho bom. Terminaram me ligando às 22h completamente bêbados. Queriam a chave para voltar ao Bukowski e dançar. Sorte que esqueci a minha chave e quem acabou dançando foi Mister Money, que, além da chave, ainda perdeu dinheiro para o Grande Oráculo. Coitado do menino; pão duro que é, deve estar chorando o dinheiro até agora.
Sem ar,
Miss Janis.
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