Continuando o “Projeto Etílico do Bukowski”, essa semana foi dia de saquê e Jack Daniel’s. O saquê é uma bebida do Japão. Fabricada pela fermentação do arroz. Está na mesma categoria do vinho e tem o teor alcoólico em torno de 16%. Consumido no Japão quente e em datas importantes como o Ano Novo.
O Jackie Daniel’s é considerado “Tennessee Whiskey”. Ele tem um processo de destilação diferente do uísque. Tem o teor alcoólico de 40%. Feito de milho, centeio, malte de cevada e água. Seria considerado um “bourbon” se fosse feito no estado de Kentucky e se não tivesse um processo de amadurecimento que o torna especial. Calma! Não fiquem confusos! Vou explicar. Depois de fermentado, o uísque passa por três metros de carvão de bordo, gotejando lentamente. Esse processo suaviza o sabor do uísque. Depois, é armazenado em barris novos de carvalho chamuscado. Esses processos dão ao Jack Daniel’s um sabor característico e único.
Achei melhor começar na sexta com saquê. Por ser uma bebida mais fraca do que o Jack, ela não me deixaria tão arrasada para sábado. Nunca havia tomado um porre de saquê. Na verdade, devo ter experimentado uma, ou duas vezes, mas sem ficar bêbada. Na época dos grandes porres, algumas bebidas tinham um valor muito acima do que poderia gastar. Depois você vai ficando mais velha, tem o dinheiro, mas se contenta com a cervejinha de leve. Nada que acabe com seu fígado, ou te deixe na merda no dia seguinte.
Eu não gostei do saquê. Não gostei muito do gosto, da onda. Eu não senti muita coisa. Não fiquei nem “bebinha”, alegre, nada. O saquê não me dá onda. Bebi dez doses e nada... Esperei a onda. “Cric”, “cric” (ouvia-se o grilo)... Detestei. Terminei no botequim bebendo cerveja em busca de onda. Passei a sexta de cara, graças ao saquê. Não gostei.
Já no sábado a coisa foi diferente. Graças a Miss Hepburn e Miss Delícia, minhas “barwomen” preferidas, conheci o Jack Daniel’s. Nunca tinha bebido. Na época que bebia uísque eram os roubados do meu pai. Ele é médico e como todo médico, ganhava inúmeras garrafas de uísque, o qual ele nunca gostou. Normalmente, roubava os “Chivas”, “Ballantine’s” e o “Black Label”. Ele nunca percebeu. Pelo menos até hoje. Depois que ele ler essa postagem, provavelmente o telefone irá tocar.
A onda foi das melhores possíveis. Bebi dez doses e fiquei ótima. Estava alegre, feliz e de bem com a vida. Virei a primeira dose, o que me deixou instantaneamente com calor. As nove restantes foram com gelo e coca, o que cria o famoso “Jack Coke”. Foi ótimo. Terminei de manhã em casa falando pelos cotovelos e assistindo “Fringe”. Tomei uma cerveja quente e apaguei feito um bebê. Acordei sem ressaca e com uma nova paixão chamada Jack Daniel’s. Valeu meninas!
Quase uma alcoólatra,
Miss Janis.