22 de fev. de 2011

DEPOIS DA DECEPÇÃO COM O SAQUÊ, UMA NOVA PAIXÃO CHAMADA JACK DANIEL’S



Continuando o “Projeto Etílico do Bukowski”, essa semana foi dia de saquê e Jack Daniel’s. O saquê é uma bebida do Japão. Fabricada pela fermentação do arroz. Está na mesma categoria do vinho e tem o teor alcoólico em torno de 16%. Consumido no Japão quente e em datas importantes como o Ano Novo.

O Jackie Daniel’s é considerado “Tennessee Whiskey”. Ele tem um processo de destilação diferente do uísque. Tem o teor alcoólico de 40%. Feito de milho, centeio, malte de cevada e água. Seria considerado um “bourbon” se fosse feito no estado de Kentucky e se não tivesse um processo de amadurecimento que o torna especial. Calma! Não fiquem confusos! Vou explicar. Depois de fermentado, o uísque passa por três metros de carvão de bordo, gotejando lentamente. Esse processo suaviza o sabor do uísque. Depois, é armazenado em barris novos de carvalho chamuscado. Esses processos dão ao Jack Daniel’s um sabor característico e único.

Achei melhor começar na sexta com saquê. Por ser uma bebida mais fraca do que o Jack, ela não me deixaria tão arrasada para sábado. Nunca havia tomado um porre de saquê. Na verdade, devo ter experimentado uma, ou duas vezes, mas sem ficar bêbada. Na época dos grandes porres, algumas bebidas tinham um valor muito acima do que poderia gastar. Depois você vai ficando mais velha, tem o dinheiro, mas se contenta com a cervejinha de leve. Nada que acabe com seu fígado, ou te deixe na merda no dia seguinte.

Eu não gostei do saquê. Não gostei muito do gosto, da onda. Eu não senti muita coisa. Não fiquei nem “bebinha”, alegre, nada. O saquê não me dá onda. Bebi dez doses e nada... Esperei a onda. “Cric”, “cric” (ouvia-se o grilo)... Detestei. Terminei no botequim bebendo cerveja em busca de onda. Passei a sexta de cara, graças ao saquê. Não gostei.

Já no sábado a coisa foi diferente. Graças a Miss Hepburn e Miss Delícia, minhas “barwomen” preferidas, conheci o Jack Daniel’s. Nunca tinha bebido. Na época que bebia uísque eram os roubados do meu pai. Ele é médico e como todo médico, ganhava inúmeras garrafas de uísque, o qual ele nunca gostou. Normalmente, roubava os “Chivas”, “Ballantine’s” e o “Black Label”. Ele nunca percebeu. Pelo menos até hoje. Depois que ele ler essa postagem, provavelmente o telefone irá tocar.

A onda foi das melhores possíveis. Bebi dez doses e fiquei ótima. Estava alegre, feliz e de bem com a vida. Virei a primeira dose, o que me deixou instantaneamente com calor. As nove restantes foram com gelo e coca, o que cria o famoso “Jack Coke”. Foi ótimo. Terminei de manhã em casa falando pelos cotovelos e assistindo “Fringe”. Tomei uma cerveja quente e apaguei feito um bebê. Acordei sem ressaca e com uma nova paixão chamada Jack Daniel’s. Valeu meninas!

Quase uma alcoólatra,
Miss Janis.

15 de fev. de 2011

COM O PROJETO ETÍLICO DO BUKOWSKI, DE DUAS UMA: OU EU TERMINO SEM FÍGADO, OU NÃO PARO DE BEBER NUNCA MAIS


Para quem não conhece o Projeto Etílico do Bukowski, a cada semana serão analisadas duas bebidas diferentes. Uma maneira de relatar a onda e a derrota. Nessa semana, as bebidas escolhidas foram vodca e espumante respectivamente.

A vodca é obtida a partir de grãos e tubérculos, que são considerados de qualidade inferior. Tem o processo de fabricação semelhante ao uísque, sendo que este é destilado a baixas temperaturas, enquanto a vodca é destilada a altas temperaturas. Primeiro é retirado o líquido formado durante a fermentação, o mosto.  Depois, esse líquido é destilado e passa por um processo de retificação, onde são retiradas as impurezas. É diluído em água para neutralizar os aromas. E no final, passa por mais dois processos, de filtração e purificação, para eliminar qualquer tipo de impureza. Algumas podem passar pelo processo de aromatização. Tem o teor alcoólico que varia de 35 a 60%. 

Na sexta, comecei a beber Absolut Pears com Red Bull às 20h. Quando a casa abriu às 22h já tinha bebido quatro doses e já estava bêbada. A onda veio bem alegre. Eu ria pelo simples fato de estar embriagada. Até as 6h eu tinha bebido doze doses e acabado de vez com o limite das seis doses. Estava extremamente bêbada e dando início a rebordosa. Cheguei em casa até hoje sem saber como. Tenho a impressão que foi de táxi. Acordei passando mal e muito... Só consegui comer às 22h. Estava com o fígado destruído. Acho que foi o Red Bull.

No sábado, estava na merda. Cheguei aqui no Bar Bukowski, sem comer e acabei nos braços do Mc Donald’s (rs). Não aconselho como qualidade, mas de ressaca, nada como a gordura do Mc. Depois de comer, soube que tinham cinco garrafas de espumante me esperando na geladeira. Para quem não sabe espumante é um vinho com alto nível de dióxido de carbono, diferente do vinho branco é fermentado duas vezes. Sendo a primeira como o vinho, a partir de uvas brancas ou de uvas tintas sem a casca. A segunda fermentação pode ser feita de duas formas: champenoise, que é feito dentro da garrafa, ou em tanques, o charmat. É conhecida como a bebida da alegria.

Bebi quatro garrafas de espumante. Como estava de ressaca por causa de sexta, até a segunda garrafa não senti onda nenhuma e o sono começou a reinar. Como não estava fazendo efeito, pensei em não continuar a experiência da noite. Foi quando Miss Delícia acabou me convencendo. Na terceira garrafa fiquei bêbada. Engraçado que a fase de não estar bêbada e estar, foi dividida por dois goles. Foi clara a sensação de que estava ficando bêbada. Terminei na pista com mais uma garrafa no balde e com meus amigos fazendo “sanduíche” em mim. Quando as luzes da pista acenderam, era tanta gente me chamando para tomar café da manhã. Tinha virado a atração da noite. Gente que não conhecia e nunca vi, mas que com certeza, fizeram da pista de sábado do Bukowski a melhor de todas as minhas noites. Valeu galera. Realmente foi uma onda de muita alegria.

Acordei bem, sem ressaca e cada vez mais apaixonada pelo espumante. Muitas outras dessa virão.

Abraços,
Miss J.           

9 de fev. de 2011

ENTRE PLUMAS, PAETÊS E GARRAFAS DE CHAMPAGNE NOS DIVERTIMOS. E MUITO...




Prometi contar e aqui estou. Domingo foi aniversário de trinta anos da Miss Delícia. Acordei de ressaca e estava desanimada. Pensei em não ir, mas se não fosse passaria um ano ouvindo sobre isso. Não estive presente no ano passado e foi exatamente isso que aconteceu. Ouvi o ano inteiro. O plano era chegar lá, comer alguma coisa e voltar para casa antes das 22h.

Cheguei 20h em ponto e dei de cara com Miss Delícia, Miss Hepburn, Mister Money e Mister Lie na porta. A casa não abria às 20h, mas às 21h. Entre cigarros e a tentativa de fuga de Mister Money e eu, o tempo passou rápido. Quando entramos, a surpresa: não tinha comida. A única coisa que tinha para comer era biscoito globo e amendoim. Com isso, desistimos da comida e partimos para o champagne.

Mas as surpresas não paravam por aí... Estávamos num grupo de trinta pessoas. Vinte eram homens. Além de nós, havia mais umas dez pessoas. Estava tudo muito bem, até que reparamos que só entrava homem no bar. Foi quando Mister Money foi cantado por um “cara” gigante. Era um bar gay. Divertimos-nos horrores. Os garotos no final entraram na brincadeira e dançaram no palco ao som de Rick Martin. Nunca ri tanto de sentir a barriga doer. Voltaremos lá em breve.

Ficando bêbada,
Miss J.    

8 de fev. de 2011

EM VEZ DE BAR BUKOWSKI E EU, AGORA É BAR BUKOWSKI, AS BEBIDAS E EU.


Muitas e muitas histórias para contar para vocês. Farei isso durante a semana. Tenho que contar como foi o primeiro encontro mensal do marketing na quinta, o aniversário da Miss Delícia no domingo, entre outras. Mas hoje, não posso deixar de contar sobre a pesquisa que estamos fazendo. Sempre nos perguntamos como funciona cada bebida. A tequila que é uma onda mais agitada. O uísque que dá uma onda mais calma. Sei lá! Com isso, surge o Projeto Etílico do Bukowski. A cada dia que a casa abrir, eu vou experimentar um tipo de bebida, exceto cerveja que já virou “suquinho” e já não me dá mais “onda”. O objetivo é relatar como funciona a onda, a ressaca e a derrota de cada uma.

Como já disse em postagens anteriores, sou cachaceira, filha de pai alcoólatra e grande apreciadora etílica. Sempre bebi. Meu primeiro porre foi aos doze anos (espero realmente que minha mãe não esteja lendo isso). Quando mais nova bebia de tudo. Já foram porres homéricos de bebidas que nem me lembro o nome. Ainda tinha minha vesícula. Meu fígado ainda funcionava direito e gastrite era uma doença que só gente mais velha tinha. A única coisa que não contava, era que eu também seria uma dessas pessoas um dia. E com o álcool, foi-se a vesícula, fígado, memória, entre outras “cositas” mais. Mas sem ressentimentos. Tive e ainda tenho as melhores alegrias com o álcool.

Sexta estava de ressaca por causa da esbórnia de quinta (juro que conto ainda essa semana sobre isso). Pensei em nem começar a beber nesse dia. Não daria certo. Depois de um cochilo e algumas latas de tônica, percebi que conseguiria completar a missão. Com isso, começaria com o rum - bebida obtida com a trituração de canas frescas ou do melaço. Conhecida como um medicamento capaz de “exorcizar os demônios” ficou famoso nas histórias piratas do século XIX. A cuba libre, mistura de rum e coca-cola, foi criada pelos soldados norte-americanos que ajudaram nas guerras da independência cubana.

Foram seis doses com coca. Do primeiro ao terceiro copo não senti nada. No quarto comecei a ficar bêbada. No sexto estava bêbada e enjoada. Ao chegar em casa às 7h, a queimação ia do início da barriga até a garganta. Não estava bem. Passei mal. Rum não era mais bebida para mim. Lembrei de quando era jovem e fiz uma viagem ao Sana. Acompanhada de alguns cogumelos e uma garrafa de rum, tive um dos melhores momentos da minha vida.

Sábado, era dia de gim. O gim é uma bebida feita à base de cereais e zimbro. Uma bebida forte, com teor alcoólico maior que o uísque. Sai do alambique, com o teor tão elevado que é necessária a adição de água destilada. O gim-tônica, mistura mais conhecida, surgiu graças aos soldados ingleses. Com a necessidade de consumir quinino para a malária misturavam o gim para amenizar o amargo.

Eu adoro gim. É sem dúvida a minha bebida. Fico feliz, bêbada, leve... Não há nada que eu não possa fazer quando estou bêbada de gim. Foram seis doses de gim. O que está me fazendo acreditar que é meu número limite de destilado. Fiquei bêbada já no segundo copo. No quinto já estava andando igual a uma flecha cambaleante. Fiquei ótima. Saí daqui bêbada e apaguei na cama igual a um bebê. Acordei sem ressaca e pronta para outra. E olha que teve outra que amanhã eu conto.

Ainda bêbada por tudo isso,

Miss J.








3 de fev. de 2011

MUITAS HISTÓRIAS ACONTECERAM E OUTRAS AINDA VIRÃO


Quando se convive tanto tempo com alguém, aprende-se a se divertir com as lembranças. Hoje, estávamos lembrando quando era Grande Oráculo, Miss Nica, Baronesa, Mister Money e eu. Foi a época mais maldita do Bukowski. Éramos todos malucos, amigos e inconseqüentes. Como havia muita intimidade, as brincadeiras eram pesadas.  Grande Oráculo uma vez colocou aquele papelzinho que explode dentro do cigarro de Miss Nica. Na época, ela ia ao Centro de táxi buscar os cartazes. Era só entrar no táxi para convencer o taxista a acender o cigarro. Só que o cigarro dessa vez estava batizado e ele estourou dentro do carro. Foi aquele sobressalto. O taxista quase bateu por causa do susto.

Outra coisa que fazíamos e ainda fazemos por aqui é atender ao telefone e continuar falando. Uma vez Baronesa e eu conversávamos sobre “cú” (não fiquem barbarizados. Hora de tirar as crianças da sala). Quando ela atendeu ao telefone estava gritando: tem que dar o “cú”! Tem que dar o “cú”! Não preciso nem dizer que o cliente desligou.

Depois conto mais algumas. Agora estou atrasada. Hoje, tem o encontro mensal de todos nós do escritório. Hora de encher a cara e conversar. Estamos querendo deixar a Miss Angel e a Miss Artista mais entrosadas. Que nossos fígados nos protejam! Vou lá. Estão todos gritando para eu desligar. Valeu galera. Até amanhã.

Correndo,

Miss Janis.

2 de fev. de 2011

QUEM SERIA O VELHO SAFADO, ALÉM DA SOMA DE TODOS NÓS


A vontade de escrever era enorme. Tomada de um entusiasmo ímpar, pois afinal, a equipe tem trabalhado bem. Estamos felizes e inspirados por aqui. A cada festa tem sido um novo esforço. Quando resolvemos mudar o estilo das festas e homenagear qualquer assunto que tínhamos vontade, um mundo de chances se abriu. Só que para criar essas festas, temos gastado nossas “cacholas”. Tanto o título, quanto as intervenções dificultaram e muito, mas como essa equipe é muito unida e não enfraquece jamais, temos dado um jeito. Tudo para nunca deixar de surpreender. A casa vai indo bem. Final de semana sempre lotado.

Mas hoje, queria falar sobre um “cara” que tem dado muito que falar por aqui. Facebook “bombando”, cheio de gente querendo saber quem é o Velho Safado. Claro que não vou dizer quem é, mas vou contar um pouco da sua história. Ele é um de nós (óbvio!). Um cara que mora aqui, junto com a sua gata Janis Joplin (não sou eu. É uma felina que ele diz se parecer comigo). Nunca casou e na verdade, acho que nem gosta muito de falar sobre isso. Nunca teve filhos. Adora cozinhar, descobrir bebidas novas e rock ‘n’ roll. Diz que tem vontade de cuspir quando escuta axé. É um homem engraçado, apesar de rabugento. Quando está de mau humor é melhor não falar com ele. Vive de bar em bar e ultimamente está viciado no Facebook. Arrumou alguns fãs e alguns “desaventos”, mas em geral, está indo bem. Só adora “encher o saco”. Está aqui falando para eu parar de escrever sobre ele.

Quando chegou aqui, precisava de um lugar para morar. Quando descobrimos, ele tinha o talento para escrever. Nessa época, o Facebook ainda tinha poucos membros. Até que a coisa começou a crescer e ele virou o velho amigo de todo mundo. É hoje em dia, uma das grandes figuras desse bar. Tanto que as pessoas já não querem nem mais saber quem sou eu, mas sim, o Velho Safado. Está certo, até eu preferiria ele (pausa para as lágrimas - rs). Mas está tudo certo. No final, somos todos, o Velho Safado.

Nós estamos muito felizes com ele. Não trocamos nosso velhinho rabugento por nada.

Agradecida,

Miss J.