24 de nov. de 2010

ASSUSTARAM-SE COM AS ARMAS. NÃO ERA FILME, MAS CENAS DA VIDA REAL


Leitoras e leitores do meu Brasil,


Terça atípica no Bukowski. Baronesa apareceu às 18h sem ser convidada, trazendo na mão uma garrafa de vinho. Ficamos todos excitados. Afinal, qual bêbado não pula de alegria quando vê álcool. Bebemos. Depois da garrafa de vinho, só nos restou uma garrafa de uísque esquecida. Bebemos e descobrimos que não havia mais cigarro. Mister Mago, que é novo por aqui, foi o escolhido para a missão do cigarro. Nada tão difícil. Afinal, santo Salvação do dia-a-dia (aos que não conhecem: é um boteco que fica praticamente ao lado do Bukowski. E no qual, muitos de nós já encheu a cara depois do Bukowski. Bons e velhos tempos aqueles)!

Mas, é justamente nessa ida ao bar que a história começa. Nesse pânico que estamos vivendo no Rio de Janeiro, todos bem sabem que a polícia está nas ruas. E ontem comprovamos que estão mesmo. Mister Mago foi revistado, junto com outras pessoas que estavam no bar. Tiveram que levantar a blusa e ser vasculhados pela polícia. Achamos que a polícia deve fazer o que acha ser melhor. Ele só ficou assustado e nós também. Estavam no escritório: Baronesa, Grande Oráculo, Miss Dentucinha, Mister Money e eu.

Era por volta de 21h, enquanto Mister Mago estava no bar, olhamos pela câmera e vimos vários policiais armados passando na rua. Eles estavam prontos para a guerra e nós, apavorados pelo que poderia estar acontecendo. Tacaram fogo no carro com Mister Lerdinho dentro esperando por nós? Estaria acontecendo uma revolta na Álvaro Ramos? Não, apenas rotina. “Puta rotina injusta”! Resolvemos beber em casa. Afinal, estamos vivendo uma guerra por aqui.

Acordamos hoje bêbados, graças a nova droga criada com a junção de vinho e uísque. Não lembrávamos de muita coisa, nem que havíamos dormido. E tivemos como despertador, a língua babada do São Bernardo do Grande Oráculo. Foi quando nos lembramos que mesmo nos piores filmes de terror, sempre há pelo menos algum final feliz.  

SOS,

Rio de Janeiro.






Nenhum comentário: