Após 4 anos, vivendo e vivenciando o Bar Bukowski, agora chegou a hora de relatar. Nesse espaço, mostraremos tudo por trás do pano. A verdade na produção e a narração do dia a dia. Sejam bem vindos! * Esse blog não passa de uma obra de ficção, ou não.
30 de dez. de 2010
AS ÚLTIMAS PALAVRAS ANTES DO NOVO AMANHECER
29 de dez. de 2010
NÃO COMPRAMOS AMIGOS COM NADA, MAS COM VODCA?!? NÃO SEI NÃO...
16 de dez. de 2010
ENTRE MORTOS E FERIDOS, GANHAMOS TODOS. INCLUSIVE O ANDRÉ
Um abraço para o André,
Miss Janis
15 de dez. de 2010
TEVE QUE CORRER PARA PEGAR O AVIÃO E ESQUECEU-SE DA DESPEDIDA, MAS VOLTOU CHEIA DE HISTÓRIAS PRA CONTAR
Amigos e amigas,
Miss Janis
30 de nov. de 2010
DEPOIS DE UM DIA DE CÃO, UMA VISITA ILUSTRE. PARA SEMPRE: O PAUSINHA
Cansada de ligar e ter que ouvir:
- Desculpa senhora, não temos carro!
Esbaforida,
Miss Janis.
25 de nov. de 2010
CANSADOS DO ASSUNTO DO DIA, MUDAMOS O TEMA: UMA HISTÓRIA DO BUKOWSKI PARA AMENIZAR O PAVOR
Em busca de companheiros de guerra,
Miss Janis e Cia.
24 de nov. de 2010
ASSUSTARAM-SE COM AS ARMAS. NÃO ERA FILME, MAS CENAS DA VIDA REAL
Leitoras e leitores do meu Brasil,
SOS,
Rio de Janeiro.
18 de nov. de 2010
DEPOIS DO BOLO, A GUERRA FOI DE GUIMBA DE CIGARRO
Descabelados e “cagados”,
Todos nós.
17 de nov. de 2010
TOMOU UM BANHO E NÃO FOI DE CHUVA. FICOU ENCHARCADA E MAL SABIA DE ONDE VINHA
Molhada e descabelada,
Miss J.
11 de nov. de 2010
NA LOUCURA DA VIDA, MUITA COISA ACONTECEU: CONTINUAMOS VIVOS E COM O MELHOR DO ROCK ‘N’ ROLL
Bukowskianos e pessoas afins,
Ansiosa pelo que ainda há por vir,
Miss Janis.
1 de nov. de 2010
APESAR DE VESTIDOS DE MONSTROS, NÃO ASSUSTARAM. NÃO ERAM APENAS CLIENTES, MAS AMIGOS, QUE ARREBENTARAM MAIS UMA VEZ
Abs,
Miss Janis
27 de out. de 2010
DEPOIS DE UMA FUGA DE MESTRE, CAIU DE PARAQUEDAS NO ENGENHÃO
Galera,
Animada,
Miss Janis.
25 de out. de 2010
DEPOIS DE SE SENTIR EXCITADA, COMEÇOU A VER PEIXES VOANDO DO CÉU
Prezados leitores,
Eu não estou ficando maluca e nem me tornando tarada. Esse final de semana foi bem agitado por aqui. No sábado, presenciei uma cena instigante. Estava parada no bar da pista, olhando como estava o funcionamento na casa e etc., quando percebi um casal, que se jogava em cima do balcão. Uma mulher atrás deles olhava curiosa, o que me chamou atenção. Até que ela se aproximou da orelha dele e sussurrou: estou muito excitada. Sorri envergonhada. Tentei parar de prestar atenção, mas não dava. Além de mim, outras pessoas olhavam admiradas. Era um típico conto de Bukowski. Duas pessoas livres e excitadas. Parabéns casal. Muitos e muitos orgasmos para vocês.
Fazendo merda,
Miss J.
21 de out. de 2010
E O PROGRAMA FOI DIFERENTE. LARGARAM A LOUCURA DA CIDADE E FORAM EM BUSCA DAS PAINEIRAS
Amigos e amigas,
Renovada,
Miss Janis.
19 de out. de 2010
TRABALHANDO COM AMIGA, VOCÊ ACABA SE CHAMANDO BETE GINGA E ELA, DONA LARA
18 de out. de 2010
O CHÁ ERA BOM, MAS A DIVERSÃO FOI MELHOR AINDA
13 de out. de 2010
DEPOIS DE DOCES, BALAS E PULA-PULA, HORA DE VOLTAR A SER ADULTO E ENFRENTAR A MERDA ATÔMICA. POR QUE A VIDA TEM QUE SER ASSIM?
Com insolação,
Miss J.
6 de out. de 2010
TODA VEZ QUE EU ACORDO DERROTADA E DE RESSACA ASSIM ME PERGUNTO: PORQUE VOCÊ NUNCA APRENDE?
Miss J.
5 de out. de 2010
DEPOIS DE UM DIA DE SOL, UM ALMOÇO NA PRAIA: NOSSO BAR
“Absintada”,
Miss Janis
4 de out. de 2010
NÃO AGUENTOU. NA ASCENSÃO DA VIDA SÓ ARRUMOU MAIS TRABALHO E UM CIGARRO COMO BRINDE
Animada com o novo,
Miss J.
1 de out. de 2010
AO ABRIR A BOCA NÃO SAIU UMA SÓ PALAVRA. ESCUTARAM APENAS LATIDOS
* Incumbência: escolher 40 músicas para tocar na pista de hoje.
* Local da missão: Bar Bukowski.
* Grau de risco: alto.
* Convocados para a missão: Mister Pausinha, Miss Dentucinha, Miss Artista e Miss J.
Entusiasmada,
Miss Janis.
29 de set. de 2010
ENTRE FANTASIAS E CALCINHAS, SOBREVIVEMOS A TODAS
A história não é pornô. Podem mandar as crianças voltarem para a sala. Está entrando no ar o meu, o seu, o nooosso: Bar Bukowski!
Estava com saudades das nossas histórias, mas a semana está uma loucura. Estou em prova na faculdade e, entre farinhas, facas e bombinhas, não deu. Não havia muito que contar. Mas hoje não. Hoje a histórias é boa.
E, para começar, ontem foi noite das meninas. É “foda” (tirem as crianças de novo da sala) viver entre homens. Apesar de sermos mulheres de calça, de falar sacanagem com eles, de falar de futebol, é difícil termos um tempo só para nós. Ontem, animadas, resolvemos fazer um programa só nosso, destino: “sex-shop”. Nunca havíamos ido. Pegamos nossa “semanada”, pegamos um táxi e seguimos rumo a Ipanema. Chegamos lá daquele jeito: envergonhadas. Entramos, olhando para os lados e com cara de perdidas no Rio de Janeiro. E de fato estávamos. Perdidas, mas animadas. Vimos tudo. Primeiro, fingimos que não queríamos nada. Depois de uma hora na loja, saímos tristes. Não porque não achamos nada, porque até achamos, mas porque foi embora quase o salário inteiro. As meninas do Bukowski admitem: muito divertido ir ao “sex-shop”.
Na saída, animadas com gel, purpurinas e sedas, o destino era certo: cachaça na Zona Sul do Rio de Janeiro. Missão: levar a Miss Artista, que é natureba e anti-alcoólatra a tomar um porre de felicidade. E ela tomou. Entre doses e doses de tequila, as calcinhas saíram do saco e as calças saíram dos corpos e voltamos mais uma vez a ser meninas.
Instigada,
Miss Janis.
28 de set. de 2010
ENTRE O SOM DA BRITADEIRA E O RONCO DE UMA “HARLEY” QUEBRADA
Quem veio ao bar deve ter reparado que temos uma oficina e um lava-jato. Explico: de segunda a sábado de manhã, funciona a oficina de motos do Chicão. A “Harley Davidson”, além de especialidade, é maioria por aqui. Eu sempre gostei de motos. No início, era uma forma de implicar com mãe e pai. Rebelde e revoltada, sempre gostei delas. Porém, de tanta implicância, fiz meus pais se apaixonarem por moto. Meu pai tirou a carteira com 50 anos. E hoje, na minha antiga garagem do Recreio tem uma “Shadow” e uma “Fat Boy”. Ah, se fosse naquela época. Deus realmente não dá asas a cobras.
Porém, mesmo gostando delas e do barulho que elas fazem, a coisa mais infernal é tentar escrever com uma moto defeituosa no andar de baixo, além de enfrentar a britadeira do prédio ao lado. O que está acontecendo no momento. Agora entendo os vizinhos. Então, não dá. Só amanhã.
27 de set. de 2010
EM BUSCA DE UM “SÃO” CHAMADO BERNARDO
Tentei escrever, mas a vontade do Grande Oráculo por um cão São Bernardo era maior. Então, hoje a culpa é dele. Sem texto. Só amanhã. Hoje, apenas atrás de um São Bernardo de pêlo curto. Alguém me ajuda?
Tentando agradar aos malucos de plantão,
Miss Janis.
23 de set. de 2010
O CASO ERA SÉRIO, MAS ACABOU COMO SEMPRE NA SACANAGEM
Então, sentada no canto de um ambulatório, inalando a fumaça do Berotec, tive a melhor onda da vida: a capacidade de respirar. Mas, sem dúvida, a maior e melhor de todas as surpresas ainda estava por vir. Enquanto estava no consultório e era medicada, e examinada, fiquei por volta de duas horas desaparecida. Mister Jimmy H, que estava comigo, ficou desesperado. Com isso, ligou para o Mister Money, que ligou para o Pausinha, que ligou para Miss Dentucinha, que ligou para o Oráculo. Pronto! A gangue toda reunida, em busca de um de nós: eu.
Ao sair do ambulatório, estavam todos em cima da atendente aos berros. Tanto que eles nem notaram que eu estava lá. Até a hora que ouviram “O” meu berro. Ai, ai, ai... Essa minha família. E como diz a propaganda: internação e nebulização: R$ 500,00. Ter seus amigos brigando por você: não tem preço.
Terminamos num bar em “Copa”, eles a base de uísque para relaxar, e eu a base de corticóide e suco de laranja sem gelo. A vida não poderia ser justa mesmo, mas definitivamente ela é bastante divertida. Bar Bukowski, sobrepondo os limites da vida.
De molho,
Miss Janis.
22 de set. de 2010
FALTA O AR, FALTA “BÓIA”, FALTA TUDO. SÓ NÃO FALTAM AMIGOS PARA TODA A VIDA
Olá roqueiros de plantão,
Hoje, nossa central de notícias está meio sem ar. Ou, então, é quem escreve mesmo. Cheguei aqui, como numa ópera de Beethoven, com o drama e a emoção esvaindo pela pele (pausa para contar, acreditem se quiser, que Charles Bukowski era fascinado por música clássica). Estava em crise de bronquite e totalmente sem ar. O pessoal do escritório, que já estava aqui, levantou em sobressalto. Grande Oráculo me cedeu inclusive a cadeira de balanço e Mister Pausinha, sacou o Berotec que, sem dúvida, é muito mais forte do que a bombinha que uso e me fez abrir a boca para colocar. E gritava: puxa! Puxa! Puxa! – Puxei. E fiquei quase sem ar de tanto puxar. Ainda bem que não era: empurra, empurra e empurra. Teriam achado que pari o porco.
Não pari, mas tive certeza, dos amigos maravilhosos que tenho. Apesar, de parte da culpa, ser desses cretinos que começaram a me embriagar desde 15h da tarde de ontem. Não posso. Não dá. Mas fazer o quê? Bar Bukowski: contratando alcoólatras desde sempre.
Esbaforida,
Miss J.
21 de set. de 2010
CAMPANHA: BAR BUKOWSKI, TOCA UMA PRA MIM
20 de set. de 2010
SOBREVIVENDO A UMA NOITE NO BAR BUKOWSKI
16 de set. de 2010
MESMO O MAIOR PIRATA DO MUNDO PRECISA PARAR
Ufa! Começo este texto com um suspiro, não porque esteja cansada, mas porque estou aprendendo o valor de se respirar. Então, respiremos antes de começar. Temos a chance de praticar um ato involuntário, voluntariamente, para entender o quanto basta somente estar vivo.
Hoje, não fizemos muita coisa por aqui. Grande Oráculo não veio e com isso ficamos todos desanimados. O cara é chato, mas faz toda a diferença. Eu quase que não venho também. Estava mal. O clima está frio. Dia ótimo para umas “horinhas” em casa. Porém, o show não pode parar e o barco do Rock tem que zarpar. Por isso, praticamente morta, mas com toda a rebeldia e energia de um “Pirata do Rock”, vim trabalhar.
Ao chegar tentei fumar um cigarro. Devido à bronquite, furo o cigarro todinho e puxo, puxo e quase não sai fumaça. Talvez desista de tanto puxar. Mas não sei o que aconteceu. Não sei se foi o efeito da corticóide ou de ficar puxando, acabei doida como se fosse o primeiro “cigarrinho de índio” da vida. Ri, emiti sons desconhecidos e me lembrei do quanto é bom ser jovem. Hoje, o que mais espero de uma semana é um bom “Fantástico” para o domingo (estou sem TV a cabo nem um bom filme. Aceito empréstimos), e o único cigarrinho que tenho consumido são aqueles de chocolate (ai... que saudades da nicotina).
Por fim, é isso! Sem muitas histórias de super heróis. Estamos velhos. Já não temos mais aquele pique. Ou foi a boêmia que acabou com a gente? Enfim, sei lá. Sabemos que vamos vivendo. Até mais do que o bar, resistindo desde sempre e talvez para o todo sempre. Isso é com vocês.
Abraços,
Miss J.
15 de set. de 2010
A CADA CLIQUE UMA SURPRESA DIFERENTE. ADMIRÁVEIS SÃO VOCÊS
Companhia Bukowskiana,
A cada vez que abrimos o “blog” e vemos expressões e gestos de carinho, nos emociona. Saber a força de um texto que é lido, em lugares que desconhecemos, nos deixa felizes por um trabalho desenvolvido com muita alegria e muito amor.
Comecei a escrever aos nove anos, na minha “Olivette” verde. Na época, fui a única neta de seis que preferiu a máquina ao disco do Dominó. Não que enxergue burrice na escolha dos meus primos; éramos todos crianças, mas sempre gostei mais da minha escolha. Naquelas teclas, descobri um mundo de diversão, dividido entre as palavras e eu. De uma geração mais nova. Remanescente de “Laranja Mecânica” e “Edukators”, continuo acreditando que cada célula revolucionária é uma revolução. E escrever, para mim, deveria ser isso. Fato que me afastou definitivamente do jornalismo. Não estava a fim de meias verdades.
Por isso e muito mais, que me apaixonei por esse lugar. Aqui trabalho de “Havaianas”, fumo meu cigarro deixando as cinzas cair no teclado (quer dizer fumava, pois estou proibida de me aproximar do cigarro), bebo quando preciso beber (e até quando não preciso), grito quando tenho que gritar e choro, quase sempre: herança dos italianos. Ontem, por exemplo, queríamos beber um vinho. Eu estava bem mal e não fui. O que me salvou. Hoje, ao sair do médico, descubro que estou numa grave crise de bronquite. Então, Grande Oráculo e Baronesa resolveram ir para o “Oui-oui” em busca de comida boa e vinho bom. Terminaram me ligando às 22h completamente bêbados. Queriam a chave para voltar ao Bukowski e dançar. Sorte que esqueci a minha chave e quem acabou dançando foi Mister Money, que, além da chave, ainda perdeu dinheiro para o Grande Oráculo. Coitado do menino; pão duro que é, deve estar chorando o dinheiro até agora.
Sem ar,
Miss Janis.
14 de set. de 2010
PODEM JOGAR PEDRA, ELA DE FATO COMETEU UM PECADO
Amigos e amigas,
Desidratada,
Miss Janis.
31 de ago. de 2010
COM O CORPO QUENTE E RELAXADO, OUVIU A MENTIRA DO ANO E TORNOU SEXY O QUE ERA APENAS SENSUAL
Aquecida,
Miss J
26 de ago. de 2010
TIROU O NÓ DA GRAVATA E COLOCOU O PÉ NA AREIA. ERA CHEGADA A HORA DA FAXINA
Amigos e amigas,
Começo o dia hoje despencando da escada. Resultado: uma luxação no tornozelo esquerdo. Meu pai, que é ortopedista diria: gelo e analgésico, mas, hipocondríaca assumida que sou, saí correndo para o médico, que disse: gelo e analgésico. Estava certo quem disse que “santo de casa não faz milagre”. Tenho andado com uma “zica” das bravas. Banho de pipoca nela.
Estava achando que hoje seria daqueles dias, mas estava enganada. Grande Oráculo, assim que chegou, perguntou se havíamos almoçado. Era claro que não. Vampiros que somos, não conseguimos comer até as 14h. Com o almoço, Mister Braço e Mister Fax aproveitaram para fazer a grande faxina no escritório. Além de se desfazer das inúmeras garrafas espalhadas, os livros e DVDs empoeirados, ainda teria que se desfazer das nossas “tralhas emocionais”.
Eles ficaram aqui na faxina, e nós fomos a caminho da Urca. Almoço a beira-mar. Incrível a beleza da simbiose entre homem e natureza. Fomos alimentados pela beleza da natureza, pelo barulho do mar (a água só podia estar limpa, governo) e pelo camarão que estava “maaaravilhoso” (pausa para a água na boca). Ficamos leve. Bar Bukowski recomenda: sente-se à mesa com pessoas que você ama e desfrute da natureza e das companhias. Isso vale mais que um milhão. De fato, amo estar com meus amigos.
Voltamos satisfeitos e para um lugar que dá vontade de estar dentro. Tudo arrumado. Cheiroso. Sem garrafas, sem guimbas espalhadas no chão...Nada que nos envergonhe de receber visitas. Escritório aberto para visitação. Não dê bebida aos animais.
Animada e inspirada,
Miss J.
24 de ago. de 2010
COM MEDO DA VERDADE, MENTIU. JÁ NÃO TINHA MAIS A MESMA CARA DE PAU
Uma das grandes características do Grande Oráculo é a sua capacidade de assumir um compromisso e depois sumir. Um desses compromissos é com a Miss Terapeuta todas as terças, às 16h. É o dia de o patrão colocar o “papo” em dia com a psicóloga. Porém, há quatro terças seguidas, ele chega no escritório e pede para desmarcar a consulta. Como já disse num texto anterior, eu sou secretária dele, além das outras tantas tarefas que tenho aqui. Ou seja, quem liga sou eu.
Hoje ele até ia. Já tínhamos confirmado com a terapeuta. Quando estava chegando a hora, liguei para o Mister Lerdinho vir buscá-lo. Mister Lerdinho, que além de lerdo é um péssimo motorista, havia batido de carro. Já íamos zoar, pois foram três batidas em cinco meses, mas não foi o coitado. Uma mulher de Mercedes bateu nele e saiu correndo. Estava com medo de pagar a batida. Ele foi atrás. Anotou a placa. Teve que esperar a polícia.
Com a aventura de Mister Lerdinho, Grande Oráculo usou a história e fingiu para a Miss Terapeuta que estava no acidente. Tive que ligar de novo e desmarcar a consulta. Mais um dos mimos do Grande Oráculo. Ai...como esse “cara” é mimado.
Surpreendida,
Miss J
19 de ago. de 2010
DESEQUILIBRADA, CORTOU OS PULSOS E FEZ OS AMIGOS RIREM. ERA UMA “PEGADINHA”
Os nervos continuavam os mesmos. Estressada com a mudança e com todo o resto. Não havia muita vontade de rir. A raiva era maior do que tudo, e o desespero se tornou ainda pior, quando soube que haviam sumido três envelopes com salário do escritório. Com isso, vamos voltar às informações. Eu estou me mudando para onde era o escritório do Bukowski. Até ontem, era o escritório e minha casa. Fiquei desesperada. Com certeza ia sobrar para a dona da casa.
Cheguei no escritório extremamente raivosa. Com vontade de esganar alguém se possível. Grande Oráculo que não vinha há dias, estava almoçando com Mister Pausinha. Miss D, Miss Artista, Mister Esquisito, técnico que apagou as minhas coisas, e eu estávamos aqui trabalhando. Quando avistei o vidro de sangue falso da festa do Hitchcock,a idéia maligna foi se criando na minha mente. Vamos criar um suicídio. Eu já andava meio esquisita durante a semana. Pegamos uma faca e enchemos de sangue. Enchemos o pulso como se houvesse um corte e Miss Artista pintou minha cabeça com sangue. Estava morta. Esperei quase uma hora no chão frio.
Quando eles chegaram, todos se trancaram na salinha ao lado e eu fiquei atirada no chão. Eles gritavam e batiam na porta. Grande Oráculo ficou desesperado até que não agüentei e caí na gargalhada. Mistério desvendado e gargalhadas garantidas. No final, depois do chão gelado, ganhei um “febrão”. Santa inteligência a minha.
Adoecida,
Miss J.
18 de ago. de 2010
AFUNDADA NA TRALHA, JUROU: EU AINDA MATO ESSA VELHA
Não deu para escrever nos dias anteriores. Estamos sofrendo uma guerra com as máquinas, que atrapalharam e muito o nosso trabalho. Segunda não estive aqui. Fui pega por uma tristeza grande, então, era hora de reequilibrar.
Ontem, um “gênio” da informática apagou meus documentos de uma vida toda no Bukowski. Fotos, textos, imagens, frases que usamos no Facebook. Um acervo enorme de coisas, músicas e lembranças. Fiquei chateada. Partida e estarrecida por não ter “backup”. A esperança é o técnico que vem amanhã.
As coisas estão meio desanimadas aqui. Grande Oráculo não aparece há alguns dias; Mister Pausinha tem trabalhado em casa; Miss D trouxe, hoje, o filho. Brinquei de carrinho na laje; e eu, estou de mudança. Longe da faculdade, dos meus amigos, de tudo.
Estou vivendo uma grande loucura para mudar de casa. Hoje, quase tive mais um ataque de ansiedade extrema. Muito Rivotril na cabeça mesmo. Minha sogra, sogro e cunhado vão passar uns dias com Mister Jimmy H e eu. Minha primeira noite no meu primeiro “apê” vai ser com a minha sogra ao lado e com a tonelada de tralha que veio junto com ela, inclusive os santinhos. Grande sorte a minha!
Não sei se amanhã chego viva. Talvez eu me mate ou, então, mato ela.
Em desespero,
Miss J.
13 de ago. de 2010
SEM TÍTULO, RESOLVEU QUE O CHAMARIA DE “ROCK AND ROLL”
Não costumo escrever nem sexta, sábado ou domingo. Sexta, porque começam as preparações da noite. Temos que fazer listas de aniversário, decorar a casa, caso seja necessário ao tema. Eu só chego às 17h por conta da faculdade e por causa da longa jornada que só terá fim às 4 ou 5h. Sábado, porque não abrimos o escritório à tarde e normalmente eu estou de ressaca (valeu patrão por nos deixar beber. Como seriam essas jornadas sóbria?). E domingo, porque todo trabalhador merece folga.
Porém, hoje, tomada por uma energia enlouquecida, resolvi escrever. Ontem, acabamos ficando bêbados no escritório. Baronesa apareceu. Miss D, Grande Oráculo e eu, estávamos animados. A rua um caos devido ao debate para governador. Então, era melhor esperar e beber. Como sempre muito bom. Tentamos chamar mais gente. Ontem estávamos animados. Largamos inclusive os jogos, para apenas conversar. Até eu falei. Confesso que não sou muito de falar. Tenho normalmente expressado meus sentimentos, através de palavras soltas por aqui ou ali. Comunicar-se nem sempre é fácil. Enfim, energia!!!
Hoje, tem sexta-feira 13 com Hitchcock no Bar Bukowski. As produções já estão rolando desde ontem. Serão espalhadas pistas pela casa. Os 3 primeiros que descobrirem todas as pistas e avisar no bar de trás com a Renata, ganham um prêmio. Não é porque eu trabalho aqui, mas sinto que hoje vai ser daqueles dias de matar a saudade e de casa cheia. Por isso, cheguem cedo. Para não ter problema na fila. Para fumar um narguilé, jogar uma sinuca. Ouvir um vinil. E sempre. Sempre que vier aqui, lembre-se: somos um tributo ao “rock and roll”, a melhor música criada pela humanidade. Até mais gente, ou não. Estou pensando em passar a tarde na piscina do Grande Oráculo.
Saudações,
Miss J.
* P.S.: Por mais que esteja na merda, pense: tem gente que está mais na merda ainda. Animação gente. Hoje é sexta - feira 13. Recomendamos ouvir “The Doors” para começar.
12 de ago. de 2010
E O LUGAR ERA LONGE. MAS A MEXERICA DA FEIRA, DOCE COMO MEL
Amigos,
Ontem nada foi escrito. Sempre culpo meu humor, a falta do que escrever, mas, dessa vez, minha reclamação é outra. Ontem fui ludibriada pela NET. A empresa que viria pela manhã para instalar a super internet, apareceu às 17h. Justamente no meu momento de escrever. Por isso, fomos embora cedo e nada de texto para o blog. Foi mal.
De novidade: Grande Oráculo decretou que se a piscina dele não ficasse boa até sexta, eu seria demitida. Nem dormi direito. Entre a insônia que me perseguiu a noite inteira, pesadelos com bombas e piscinas. Surtei. Caí da cama às 6h, pois tinha que resolver essa M...e não é que eu resolvi. Despenquei para a Cidade Nova, atrás das Bombas Catete (jurava que a loja era no Catete. Informação que só tive hoje, às 7h30. Maravilha!). Para esperar, matei o tempo andando pela feira que acontecia na rua em frente a loja. Terminei com um saco de mexerica, que fez a alegria da mulherada do escritório. E uma bomba novinha em folha. Amanhã, eu mesma, vou afundar o Grande Oráculo na piscina.
Ai, ai, coitado do meu sono.
Abs,
Miss J.
10 de ago. de 2010
DEPOIS DE SER ALGEMADO E “ENCOXADO”, AVERIGUOU: ESTAVA PRESO.
Integrantes da “gangue” do Bukowski,
Ele é o herói do nosso escritório. Militante dos fracos e oprimidos. Grande defensor, incorruptível e bravo. Composto por um forte corpo, destrutível apenas pelo uísque. Ele é... Miiister Pausinha!!! (E a galera vai ao delírio. Mulheres desmaiam nas arquibancadas. Podemos ver o tumulto. Tudo para ver o grande herói). Eee Pausinha, Pausinha,...
Mister Fax, que trabalha na equipe que cuida da casa, se acidentou numa queda de dois metros. Ele diz que caiu. Nós sabemos que ele estava bêbado. Pinguço o rapaz! Ele até foi no hospital na segunda, mas vocês sabem como é hospital público. Ele me chega aqui hoje, com metade da cara em carne viva, e sem conseguir pronunciar uma palavra se quer. O cara estava mal. A coisa foi feia dessa vez. Mister Pausinha que é um “grande cara”, de todos os sentidos, resolveu levar Mister Fax para o hospital. Talvez um pouco mais de instrução ajudasse no hospital. Afinal, “eles” sempre desrespeitam os pobres. Vamos aos exemplos: “Dura” de gente pobre na favela: Tapa na cara; dura de “playboy” na zona sul: 1000 reais; cadeia para ladrão de galinha: 100 anos de prisão; cadeia para rico: viagem para as ilhas gregas.
Ao chegar lá, Mister Pausinha tentou ajudar. Teve que esperar. Esperou mais um pouco. O paciente foi atendido. Queria estar perto, mas teve que esperar. Esperou mais um pouco. Não se agüentou e entrou. Foi abordado por um policial. Tentou lembrar dos seus direitos. Foi ignorado. Algemado e “encoxado”, perguntou por que estava sendo preso. Não obteve resposta. Estava “fodido” (com o direito e perdão da palavra).
Ligou para cá e...nós? O sacaneamos e perguntamos se ele queria um cigarro. Após a sacanagem, fomos resolver a situação. Grande Oráculo, Mister Money e Mister Braço foram para lá. No final, tudo resolvido. Vai ter que prestar serviço comunitário por desobediência a polícia.
Terminamos rindo e felizes. Esse menino é o nosso herói.
Abs,
Miss J.
P.S: Na busca pelos direitos de um cidadão, vale a desobediência. Ganhou mais um ponto, Mister Pausinha.
COM QUANTAS PALAVRAS SE FAZ UMA HISTÓRIA?
Sobreviventes Bukowskianos,
A semana começa é como sempre não há muito o que dizer. Casa cheia final de semana. Alguns erros concertados, outros que ainda estão sendo resolvidos, mas tudo em paz. Foi tudo ótimo.
Após um final de semana inteiro no Recreio, descubro que a zona sul e zona oeste, fazem parte de dois mundos diferentes. Quando cheguei aqui na zona sul há 2 anos atrás, me sentia diferente. Quando cheguei lá, me senti diferente. Ao chegar nas proximidades de Botafogo, senti: aqui é o meu lar.
Por isso, eu estou de mudança. Após 1 ano na Zona Sul, vivendo na casa de um e de outro. Passando inúmeros perrengues e decepções. Não estava mais feliz. Com isso, apartamento novo. Casa nova. Cama e geladeira comprada. Tudo novo. Na verdade, minha primeira cama, minha primeira geladeira, meu primeiro apartamento. Sensação de que: liberdade. Virei adulta. Bar Bukowski: dando a oportunidade, de uma velha hippie da Lapa, a ter seu próprio “apê”. Não há palavras para expressar.
De resto, estamos planejando uma viagem a Las Vegas. Mais detalhes durante o passar dos dias. Pois afinal, conhecendo meus amigos e a mim, como conheço, isso pode terminar em nada.
Abs,
Miss J.