30 de dez. de 2010

AS ÚLTIMAS PALAVRAS ANTES DO NOVO AMANHECER


Não é fácil fazer o ÚLTIMO texto do ano. As palavras falham e o botão de “delete” é usado a todo momento. É difícil achar palavras que expressem o ano de 2010. Por mais que não sejamos sentimentais, é difícil não sentir esse momento de transição. Sabemos que a comemoração não é geral. Chineses, judaicos, islãs, entre outros, não comemoram nesse dia. Como isso é uma questão cultural e aqui vivemos, fica difícil não sentir esse mundo de possibilidades e descobertas que se apresenta. Sempre boa a sensação do novo.

Nesse ano foram inúmeras festas. Refizemos as que viraram tradicionais, como a Festa do Orgasmo, “Halloween”, aniversário do Bar Bukowski e de Charles Bukowski, Dia das Crianças. Colocamos piscina de bola, fizemos o povo beijar a barriga, compramos idéias, trocamos “drinks” por um “duck walk” do Chuck Berry, demos R$ 500,00 em consumação pela melhor fantasia. Fizemos de tudo. Erramos em algumas. Acertamos em outras. Podem aguardar por mudanças no próximo ano. Nas mídias sociais conquistamos novos amigos. Aqui, mantivemos os antigos. Alguns sumiram. O que é normal. Novos chegaram. E muitos outros continuam vindo como de costume. Pessoas que nos emocionaram durante o ano. Outros nos odiaram. O que também é normal. Acreditem, foi tudo feito com a melhor das intenções. Nosso desejo é que as pessoas cheguem aqui e se sintam em casa. Resistindo sempre ao som do rock ‘n’ roll.

Desejamos aos nossos freqüentadores, clientes, amigos, parceiros e familiares (afinal, passamos mais tempo aqui do que em casa) um feliz ano novo. Muita saúde, paz, evolução e equilíbrio para o ano que começa. Além de muitas mais garrafas e momentos etílicos. Esperamos que ano que vem, possamos “bombar” mais uma vez juntos. Um obrigado a toda nossa equipe: Mister Braço, Miss Dona, Mister Big, Miss Brilho, Jimmy H, Mister Galã, Miss Fresca, Mister Urso, Mister Hat, Miss Hepburn, Miss Delícia, Mister Moto, Mister Hein, Garçom Popeye, Boka, Mister Interrogação, Mister Mengo, Mister Falador, Mister Fax, Mister Super Fax, todos os Misters Grandalhões e os Misters Som. Vocês arrebentaram. Foi um grande prazer trabalhar com todos vocês e fazer parte dessa grande família Bukowski.

Um obrigado especial a todos os meus amigos do escritório. Vocês tornam cada dia nessa máquina de loucos, ainda mais extraordinário. Grandes amigos para a vida toda. E todos nós do escritório, Grande Oráculo, Mister Money, Mister Mago, Miss Dentucinha, Miss Artista e eu, desejamos a todos vocês, BOAS ENTRADAS (rs).

Ano que vem nos vemos no blog. Ou mais tarde no Bar Bukowski. Depois, só dia 1º.

Emocionada,

Miss Janis.

29 de dez. de 2010

NÃO COMPRAMOS AMIGOS COM NADA, MAS COM VODCA?!? NÃO SEI NÃO...


Não vou pedir desculpas por ter sumido um “pouquinho”, porque me tornaria redundante, mas explicações eu as devo e darei. Com a saída de Mister Pausinha as coisas ficaram meio loucas por aqui. Como tinha mais tempo no marketing, era natural que eu me tornasse responsável pelos que aqui estão. Dessa forma, virei a coordenadora da equipe de marketing do Bukowski. Com isso, o tempo ficou meio curto. Fazer tudo que eu já fazia e ainda auxiliar pessoas e funções, torna tudo mais corrido. Tem faltado tempo.

As noites de sexta e sábado continuam fazendo sucesso. Mister Money e Grande Oráculo viajaram. Sobrando apenas Mister Braço e eu, para cuidar de todos esses malucos. Inclusive quinta e sábado, noites em que abriremos. Natal, nós abrimos dia 24 e 25 de Dezembro, com presenças ilustres do Bar Bukowski, mas faltaram alguns. Espero que clientes que faltam como Miss Rocha, Miss Paixão, Miss Reis, Miss Lima, entre tantas outras e outros, apareçam para a última festa do ano. Sabemos que uns casaram, outros tiveram filhos e já não podem mais beber até de manhã. Mas apareçam pelo menos para uma dose e um bate papo (uma é por nossa conta). Saudade de vocês.

Ontem foi dia de receber as estrelinhas (não, não é nenhum tipo de droga). Nesse dia, a equipe recebe um tipo de compensação. Como eles são um pouco preguiçosos e teimosos (rs), agora trabalhamos com um sistema de metas. Eles têm atividades para desenvolver e prazos para orçamento e entrega final. Se eles entregam tudo no dia certo, nós vamos para o bar e a vodca é por minha conta. Caso ao contrário, a vodca é por conta deles. Lembrando que sou filha de alcoólatra. E como diz o ditado: filho de peixe, peixinho é. A “coord” aqui bebe bem. Foi melhor assim. Como todos são meus amigos, estava ficando cansada de falar. Além, de estar ficando chata a situação. Imagina: você quer reclamar da sua equipe com um amigo, mas esse amigo é da sua equipe. A conta do analista estava ficando cara. Achei melhor gastar no bar.

Bebemos até 5h, quando resolvemos ir para minha casa. Teria que acampar todo mundo. Ao chegar em casa, Mister Jimmy H. nos aguardava com cerveja gelada (melhor marido do mundo). O que nos proporcionou mais uma hora de álcool. Acordamos ainda bêbados, o que acontece com freqüência. Caminhamos às gargalhadas até o Bukowski. E o que deveria ser um simples almoço, se transformou na última grande confraternização do ano de 2010.

Cansados, porém animados,

Velhos e velhas safadas do Bar Bukowski.

16 de dez. de 2010

ENTRE MORTOS E FERIDOS, GANHAMOS TODOS. INCLUSIVE O ANDRÉ


Na volta para o Brasil, toda a jornada Orlando-Miami, Miami-Rio, teria que ser refeita. Como saímos do hotel às 10h, chegamos cinco horas antes do vôo no aeroporto. Até aí tudo bem. Estava com saudades de casa, esperaria até o dia inteiro. Nosso vôo estava marcado para 19h50 (horário dos EUA). Quando cheguei à poltrona indicada, percebi que teria como companheiros de viagem um casal. Os dois, super apaixonados, trocavam carícias e juras de amor. Pensei: “que merda!” – Longe de casa e morrendo saudades do meu “namorido” Jimmy H, comecei a me sentir incomodada com as cenas explícitas de amor.

Percebi que havia um banco com três lugares vazios atrás de mim. Quando fui mudar de lugar, uma mulher que estava com os dois filhos, resolveu mudar também. Ambas estávamos de olho nas poltronas. Só que ela não foi sozinha. Levou junto as inúmeras malas que estavam com ela e as acomodou confortavelmente nas outras duas cadeiras. Cheguei, pedi licença e a ajudei a tirar as bolsas de uma das cadeiras. Sentei e ela me olhou com uma cara que dava medo. Para identificar a cena: ela, na janela; as bolsas, no meio e eu, no corredor. "Me esparramei" (licença poética quanto a utilização errada do português, para que percebam como eu estava acomodada) na cadeira.

Enquanto isso, a maluca da mulher, gritava com o filho que estava no corredor ao meu lado: “André, coloca as bolsas na cadeira vazia”. Nunca vi ninguém tratar as malas de maneira tão carinhosa. O paspalho do André parecia surdo e ela não parava de gritar: “André, pega as malas e coloca na cadeira”. Foi nesse instante que comecei a me irritar. A essas alturas, já estava com o MP3 a todo volume e não satisfeita comecei uma batalha com: A MALUCA (estreando nos melhores cinemas). Ela tirou o tênis, tirei o meu que estava com um "cheirinho" suspeito; ela ascendia as luzes da poltrona dela e eu apagava da minha; o André falou que estava com sede, e eu com uma garrafa cheia d’água, bebendo com VONTADE; ela tentava dormir, eu ascendia as luzes. Foram quarenta minutos de guerra e o André continuava com sede. Coitado do André! Na guerra do dia-a-dia, quem estava vencendo era eu. O André permanecia com sede.

Até que a maluca resolveu chamar o André para sentar na cadeira entre nós. Jogou as malas no chão e lá veio o André. Eu nem me movi para ele passar. Espalhei-me na cadeira e lá fiquei confortavelmente. Até que o André e eu descobrimos que os cintos eram interligados. Conforme ele jogava o corpo em cima da mãe para ver a janela, o meu cinto ia junto. Comecei a puxar também. Ele percebeu e parou. Era pelo menos educado o André. 

Já estávamos quase pousando, quando a maluca começou a conversar comigo (Não. Por favor, não...). Até que percebi que misturado com um sotaque paulista, havia um cantarolar mineiro. Ao ouvir o sotaque, desarmei. Adoro Minas e os mineiros. Ou melhor, adoro Minas Gerais e o povo mineiro. Ficou meio esquisita a frase antes. Terra boa e povo “bão”. Eles eram do interior de Minas Gerais e moravam em São Paulo há seis anos. Conversa vai, conversa vem... Até que por fim, descobri que a família do André era um barato. E entre mortos e feridos, ganhamos todos.

Um abraço para o André,

Miss Janis

15 de dez. de 2010

TEVE QUE CORRER PARA PEGAR O AVIÃO E ESQUECEU-SE DA DESPEDIDA, MAS VOLTOU CHEIA DE HISTÓRIAS PRA CONTAR


Amigos e amigas,


A correria na véspera das minhas férias me fez viajar sem dizer “até logo”. Sei que foi um tanto mal educado da minha parte e não vou estranhar se vocês tiverem me abandonado (barulho de mosca. Ziiii. Ninguém no local. O grilo canta. Cri, cri, cri...). Entendam, é a primeira vez que tiro férias em dois anos. Tinha que deixar meu trabalho pronto, entre outras milhares de coisas para a minha ausência.

No meio do ano, minha mãe me chamou para ir a Orlando com ela, minha irmã e o meu padrasto. Não era o meu local dos sonhos, mas seria uma viagem com a família. O que seria bom, já que estive o ano inteiro distante.

Grande Oráculo passou a semana inteira dizendo que o avião ia cair. No sábado ao embarcar, estava apavorada com o avião. Quando vi algumas freiras entrarem no avião, achei que tinha chegado à hora. Enfrentei o vôo. Contei com a ajuda especial da mão da minha irmã e das melodias que cantamos juntas enquanto o avião subia. Momento que será guardado de maneira especial. Lá no alto, vi que não tinha mais medo do avião. No final, até já estava gostando da altura. E na conexão Miami – Orlando recebi um presente especial do céu. Acompanhei lá do alto, um nascer do sol que também jamais será esquecido.

A viagem foi ótima. Chutei a bunda do Mickey; sacaneei o segurança que tinha me visto pelada no sensor, pedindo para ele pagar um chopp; comi a cocha de peru inteira; fui a única a andar na montanha-russa do Hulk; comi o churros dos americanos e continuo gostando mais dos da barraquinha da Pinheiro Machado; tomei um porre sozinha no hotel; liguei para o Bukowski no sábado e fiz eles levarem o telefone para o meio da pista para ouvir o som e dançar. Teve de tudo.

O pior da viagem foi a saudade do Bukowski e dos os clientes e amigos. Senti falta até do pior bêbado. Não tirei nem um mês. Foram dez dias e quando voltei, resolvi vender minhas férias. Voltei para casa. Lar, doce lar.

Não percam a história de amanhã. Imperdível.

Abs,

Miss Janis

30 de nov. de 2010

DEPOIS DE UM DIA DE CÃO, UMA VISITA ILUSTRE. PARA SEMPRE: O PAUSINHA


Suspiros aliviados - nosso dia hoje foi um inferno! Ontem, Mister Lerdinho, motorista do Grande Oráculo, aprontou mais uma e acabou tendo o carro lacrado na vistoria. Depois de ficar nervoso, GO me pediu que deixasse o táxi pronto para 13h de hoje. Acordei cedo, pois tinha prova, e marquei o táxi às 9h. O retardado do táxi chegou às 12h30. Grande Oráculo ainda estava de molho na sua piscina. Não quis sair tão cedo. O motorista não esperou e foi embora. Resultado: tentei arrumar táxi de 13h às 14h sem sucesso.


Cansada de ligar e ter que ouvir:

- Desculpa senhora, não temos carro!

Desci as escadas do Bukowski e peguei o primeiro táxi que vi. Parecia que estava salvando uma vida. Enquanto isso, Grande Oráculo puto em casa. Mister Money me ligando sem parar. E todo o resto: tenso. Afinal, o Grande Oráculo chegaria a qualquer momento. Cheguei lá, ele nem me olhou. Irritado entrou no táxi e nada falou. Eu ria no banco de trás falando com Miss Nica. Depois que ele chegou ao Bukowski e “soltou os cachorros” em todos nós, ele ficou melhor. E nós também.

No final do dia, fomos presenteados com a visita ilustre de Mister Pausinha. Que gordo pra “caralho”, veio reclamar que não paro de escrever sobre ele. É verdade. Sempre bom escrever sobre os amigos que sentimos saudades.

Esbaforida,

Miss Janis.

25 de nov. de 2010

CANSADOS DO ASSUNTO DO DIA, MUDAMOS O TEMA: UMA HISTÓRIA DO BUKOWSKI PARA AMENIZAR O PAVOR


Não vou falar de violência. Depois de uma cobertura espetacular e espetaculosa seria até crueldade repetir as cenas de bandidos correndo, “bala comendo” e pessoas morrendo. Não vamos fazer isso. Não iremos ser vencidos pelo pânico e por aqui a lei é clara: vida normal.

Parece que passou um vendaval no Bar. Mister Pausinha antes de sair do Bukowski deixou um “presente de grego” para nós. Fechou dois dias de gravação com uma produtora de filmes aqui no Bukowski. Com isso, tivemos a casa transformada e detonada. Coitado do Mister Mago, que morando uns tempos por aqui, se viu obrigado a tomar conta dos “bagunceiros” até às 4h de ontem e vai ter que ficar até às 4h de hoje também. Mister Money, que de bobo não tem nada, já tratou de tirar as fotos dos estragados. Afinal, alguém vai ter que pagar a conta depois.

E já que as pessoas estão apavoradas e com medo do Rio de Janeiro, nós vamos sair. As ruas estão vazias, os bares abandonados, por isso, vamos aproveitar. Nada de fila para a cerveja do dia-a-dia. Nada de demora para atravessar a Zona Sul. Hoje, o Rio é nosso. E que venham todos. Não temos medo do fogo, mas da onda de medo que está tomando conta da população. Nós somos soldados da paz, do rock e do amor e não vamos abandonar nossa cidade.

Em busca de companheiros de guerra,

Miss Janis e Cia.

24 de nov. de 2010

ASSUSTARAM-SE COM AS ARMAS. NÃO ERA FILME, MAS CENAS DA VIDA REAL


Leitoras e leitores do meu Brasil,


Terça atípica no Bukowski. Baronesa apareceu às 18h sem ser convidada, trazendo na mão uma garrafa de vinho. Ficamos todos excitados. Afinal, qual bêbado não pula de alegria quando vê álcool. Bebemos. Depois da garrafa de vinho, só nos restou uma garrafa de uísque esquecida. Bebemos e descobrimos que não havia mais cigarro. Mister Mago, que é novo por aqui, foi o escolhido para a missão do cigarro. Nada tão difícil. Afinal, santo Salvação do dia-a-dia (aos que não conhecem: é um boteco que fica praticamente ao lado do Bukowski. E no qual, muitos de nós já encheu a cara depois do Bukowski. Bons e velhos tempos aqueles)!

Mas, é justamente nessa ida ao bar que a história começa. Nesse pânico que estamos vivendo no Rio de Janeiro, todos bem sabem que a polícia está nas ruas. E ontem comprovamos que estão mesmo. Mister Mago foi revistado, junto com outras pessoas que estavam no bar. Tiveram que levantar a blusa e ser vasculhados pela polícia. Achamos que a polícia deve fazer o que acha ser melhor. Ele só ficou assustado e nós também. Estavam no escritório: Baronesa, Grande Oráculo, Miss Dentucinha, Mister Money e eu.

Era por volta de 21h, enquanto Mister Mago estava no bar, olhamos pela câmera e vimos vários policiais armados passando na rua. Eles estavam prontos para a guerra e nós, apavorados pelo que poderia estar acontecendo. Tacaram fogo no carro com Mister Lerdinho dentro esperando por nós? Estaria acontecendo uma revolta na Álvaro Ramos? Não, apenas rotina. “Puta rotina injusta”! Resolvemos beber em casa. Afinal, estamos vivendo uma guerra por aqui.

Acordamos hoje bêbados, graças a nova droga criada com a junção de vinho e uísque. Não lembrávamos de muita coisa, nem que havíamos dormido. E tivemos como despertador, a língua babada do São Bernardo do Grande Oráculo. Foi quando nos lembramos que mesmo nos piores filmes de terror, sempre há pelo menos algum final feliz.  

SOS,

Rio de Janeiro.






18 de nov. de 2010

DEPOIS DO BOLO, A GUERRA FOI DE GUIMBA DE CIGARRO


Começo o dia com o céu lindo de se ver. Nesses dias é difícil esquecer-se do que é ser carioca, mesmo quando não se é uma típica. Tentei tirar uma foto do Cristo, mas o BlackBerry não tinha foco para isso. Fica a intenção. Da próxima vez chego ao dedo dele.

Ao chegar ao escritório, o clima estava bom. Pessoas animadas e algumas atrasadas, afinal: clima de Rio de Janeiro. Hoje é aniversário da Miss Fofoca, detetive e fofoqueira do Bukowski. Ela só fica atrás da Arlete, fofoqueira número um do Bar.

A aniversariante ficou pedindo bolo desde ontem. Falou que desde que começou a trabalhar aqui nunca ganhou um (pausa para comentar que eu também nunca ganhei – rsrs). Assim que cheguei, encomendei um bolo. Na hora dos parabéns não nos agüentamos, após o primeiro pedaço servido a cada um, pedaços de bolo de chocolate começaram a voar por aqui. Ficamos todos “cagados”. Principalmente depois da idéia genial do Grande Oráculo de fazer guerra de guimba de cigarro. Terminamos sujos de chocolate e cigarro. A próxima atração que nos aguarde. Hoje vai ser Mercadinho. Fedidos mesmo. Sujos mesmo. Mas juntos, e sem dúvida, bêbados.

Descabelados e “cagados”,

Todos nós.

17 de nov. de 2010

TOMOU UM BANHO E NÃO FOI DE CHUVA. FICOU ENCHARCADA E MAL SABIA DE ONDE VINHA


Começo o dia no Consulado Americano. Depois de dois anos trabalhando direto, vou tirar minhas primeiras férias. E como nesse ano fiquei afastada da minha família, primeiro programa: Estados Unidos com mãe, pai, irmã e cia.

A coisa mais estressante do mundo é tirar o visto. Alguém precisa avisar isso aos “gringos”. Devíamos chegar lá com uma caipirinha na mão e obrigá-los a tomar, para ver se os endurecidos e enrijecidos agentes se tornam mais benevolentes. Muito tensa a coisa. Parecia que a minha vida dependia daquilo. Uma fugitiva da lei, indo em busca do sonho perdido nos EUA. Mas adivinhem? Não há motivos para eu trocar o meu Rio de Janeiro que continua lindo, por lugar algum. E disso, estejam todos certos.

Voltando do Consulado, lembrei que havia esquecido de mandar os cachorros do Grande Oráculo para o banho semanal no pet shop. Como sabia que o esporo seria certo, a solução: dar o banho eu mesma. E lá fui eu. Peguei um taxi e fui rumo ao Cosme Velho, com escova de dente, pasta e xampu para cachorro. Nem sabia que havia tudo isso para animais. Na verdade com tantos produtos, percebi que eles são mais bem tratados do que eu (Socorro! Um salão com urgência!).

Cheguei e peguei a mangueira. Com um Labrador, um Beagle e um São Bernardo, de “baldinho” não seria. Primeiro, o Beagle. Foi tranqüilo, afinal de contas, era o menor; segundo, o São Bernardo. O animal que ainda é filhote mordia o meu dedo a cada tentativa de escovação (para os que não sabem, porque eu pelo menos não sabia, a escova para cachorro é colocada como uma luva no dedo indicador); terceiro, o Labrador. Esse foi difícil. Para quem conhece a raça, eles são extremamente “brincalhões”. Uma criança que não cresce jamais. Por isso, a cada vez que eu tentava molhá-lo, ele pulava como um canguru. Por um momento, não sabia se estava no Cosme Velho, ou na selva africana.Terminei encharcada e ele sem banho. Nunca mais me esqueço do Pet Shop.

Molhada e descabelada,

Miss J.

11 de nov. de 2010

NA LOUCURA DA VIDA, MUITA COISA ACONTECEU: CONTINUAMOS VIVOS E COM O MELHOR DO ROCK ‘N’ ROLL


Bukowskianos e pessoas afins,

Para aqueles que acharam que estávamos mortos: continuamos vivos. Para aqueles que pensaram que havíamos desistido: não desistimos jamais. Para aqueles que acharam que começaríamos a tocar sertanejo: nem nos nossos piores pesadelos (rs). Continuamos aqui, na Rua Álvaro Ramos 270, com o mesmo som e as mesmas pessoas.

Sumimos um pouco, porque fomos sabotados pela internet. Ficamos duas semanas sem internet, sem telefone, sem computador... Nada. E depois, fomos surpreendidos com a entrada de um novo personagem e a saída de outro.

Na segunda, fomos agraciados com a entrada de Mister Mago, funcionário da noite, que começou a trabalhar no escritório com a gente. Estávamos precisando de mais um. Além de mais trabalho, o escritório estava meio desanimado. E como Grande Oráculo gosta da casa cheia, era hora de convocar mais um de nós. Porém, na segunda à tarde, fomos abatidos. Um de nós saia. Nunca é bom perder alguém por aqui. Depois de dois anos vi sair Miss Nica, Baronesa, Miss Mom, Mister B e agora, Mister Pausinha. Sentiremos saudades Pausinha. Ficamos arrasados. Seu lugar sempre estará guardado entre os “Escrotinhos”.

E a nós? Agora cabe a obrigação de fazer e criar novas histórias. Novos personagens, novos rumos e muitas risadas. Assim esperamos!

Ansiosa pelo que ainda há por vir,

Miss Janis.

1 de nov. de 2010

APESAR DE VESTIDOS DE MONSTROS, NÃO ASSUSTARAM. NÃO ERAM APENAS CLIENTES, MAS AMIGOS, QUE ARREBENTARAM MAIS UMA VEZ


Antigamente, quando a casa não era tão conhecida e nós tínhamos apenas duas pessoas no "marketing", sendo que uma, além do "marketing", ainda cuidava da arrumação e cuidados com a casa, que teria que abrir no final de semana, nossa verba era pequena. Trabalhávamos com uma grande festa a cada três meses e não toda sexta, como funciona agora.

“Halloween” era a nossa grande festa. Era o dia em que Mister Money, mesmo injuriado, teria que liberar a grana. O primeiro "Halloween" que vi acontecer aqui: foi maneiro. O segundo foi muito maneiro. O terceiro e último foi muito mais do que maneiro. Miss Dentucinha e Mister Braço arrebentaram na produção. Tinha bruxa voando, corpos pendurados, sangue, muito sangue espalhado e a bagatela de R$ 500,00 em consumação para a melhor fantasia da noite.

Começamos bem. Por um acaso do destino, Baronesa e Miss Nica apareceram por aqui. Grande Oráculo também deu o ar da graça, animado, junto com Miss Picture, sua namorada. Só Mister Pausinha não veio. Após o fora da namorada ou namorado, ou ambos - menino complicado esse -, ele já não é mais o mesmo. Vive em sua casa, com a luz apagada. De cara cheia, comendo pizza fria e tendo por companhia: a abóbora, que foi bolinada na festa de "Halloween". (Pausa para dizer: uma das abóboras de “Halloween” foi “comida” na noite de sexta).

Todo mundo colaborou. Todo mundo fantasiado e machucado, graças às maquiadoras sensacionais que vêm todo ano. O prêmio de primeiro lugar foi para as Piranhas 3D; o segundo, para a Noiva Cadáver, e o
terceiro, o “micareteiro” - nada causa mais espanto do que isso. Valeu pela defesa da fantasia.

E eu: terminei dormindo no banco do Bar Bukowski. Porque, além de bêbada, estava cansada. Acordada desde 6h do dia anterior, virei o zumbi do Bar. Só não teve direito a baba, mas um monte de foto para provar.

Hoje, tem dose tripla de tequila no Dia de Finados: "Nós que aqui estamos, por vós esperamos", para ouvir o melhor do rock 'n' roll.

Abs,
Miss Janis




27 de out. de 2010

DEPOIS DE UMA FUGA DE MESTRE, CAIU DE PARAQUEDAS NO ENGENHÃO


Galera,

Ontem não consegui escrever, fugindo das tentações do dia-a-dia. Na tentativa de ser uma pessoa mais normal, fugi dos meus amigos. Grande Oráculo e Miss Dentucinha estavam muito animados e ,então, já viu. Se saísse com eles, terminaria com mais uma falta em Técnicas de Cozinha na faculdade. E, como os 25% de faltas permitidas já estão em 22%, não dava. Saí correndo e terminei com “A vingativa do Méier”, da série “As Cariocas”. Aliás, engraçado. Valeu a pena os centavinhos dados à Globo. Inclusive é uma boa dica, Stanislaw Ponte-Preta, ou Sérgio Porto, era uma figura ímpar.

Vim para o Bukowski direto da faculdade. Cheguei aqui no dia mais cheio de trabalho, depois de cortar e grelhar um monte de legumes, carnes, frangos, peixes, etc. E como? Cheirando a peixe. Estavam todos animados. É bom ver gente feliz. E logo vieram me contando que não haviam saído, pois não teria tido tanta graça. Ah... é tão bom amigos bonitinhos - ou mentirosos. Até porque depois descobri que, na verdade, Mister Money não pagou ninguém ontem. Enfim. Mas como “quem tem amigo não morre pagão”: ingressos para o jogo de hoje no Engenhão - Flamengo x Corinthians. A coisa está animada. Tiramos a camisa com cheiro de naftalina e iremos em busca de diversão.

Coitada é da Miss Dentucinha, que está agüentando o Mister Braço desde cedo no Centro. Os dois são como cão e gato; água e vinagre; doce e amargo. A coisa não se mistura e os “santos” não batem. Principalmente quando estamos falando de duas pessoas sem nenhuma afinidade escolhendo e definindo a decoração de “Halloween”. Ainda bem que não é a festa do amigo (rsrsrs). Mas a vida é assim. Um dia aprendemos a lidar com a diferença, ou não. E, nesse caso, não seria que não fosse imortal posto que chama, mas, sim, mortal até quando é chama.

Animada,

Miss Janis.

25 de out. de 2010

DEPOIS DE SE SENTIR EXCITADA, COMEÇOU A VER PEIXES VOANDO DO CÉU


Prezados leitores,

Eu não estou ficando maluca e nem me tornando tarada. Esse final de semana foi bem agitado por aqui. No sábado, presenciei uma cena instigante. Estava parada no bar da pista, olhando como estava o funcionamento na casa e etc., quando percebi um casal, que se jogava em cima do balcão. Uma mulher atrás deles olhava curiosa, o que me chamou atenção. Até que ela se aproximou da orelha dele e sussurrou: estou muito excitada. Sorri envergonhada. Tentei parar de prestar atenção, mas não dava. Além de mim, outras pessoas olhavam admiradas. Era um típico conto de Bukowski. Duas pessoas livres e excitadas. Parabéns casal. Muitos e muitos orgasmos para vocês.

Na intervenção de sexta, quem fazia o “duck walk” do Chuck Berry ganhava uma dose de “hurricane”. Na brincadeira, percebemos que muita gente não sabia quem era Chuck Berry. Então, como serviço à comunidade: Mister Berry é considerado o pai do “rock”. Em 1955, em seu primeiro disco, já apresentava o formato que conhecemos como rock ’n’ roll. Uma combinação de “blues” e música “country”, com diferentes solos de guitarra. Foi uma grande influência sobre bandas inglesas dos anos 60. Sem ele, não teríamos bandas como: “Beatles”, “Animals”, “Rolling Stones”, entre outros.

E, mudando totalmente de assunto, hoje, quando chegamos aqui, começou a voar peixe da árvore. É sério! Não tomei nada que fosse alucinógeno. Não bebi nem usei droga alguma, mas, assim que entramos e passamos, pelo corredor voou um peixe. Não sabemos se foram os vizinhos ou as gaivotas que andam por aqui, mas Mister Pausinha foi acertado em cheio. Levou uma baita peixada na cabeça. Miss Artista, a mais fresca de todas as frescas, também levou. Ficaram os dois fedendo a peixe. Ahhh, “tadinhos” deles. No final Miss Dentucinha e eu ficamos sabendo quem foi, mas não conto por nada. Até porque não sei quem “fui”.

Fazendo merda,

Miss J.

21 de out. de 2010

E O PROGRAMA FOI DIFERENTE. LARGARAM A LOUCURA DA CIDADE E FORAM EM BUSCA DAS PAINEIRAS



Amigos e amigas,

Como todos sabem, sempre vivi na Zona Oeste. Há dois anos na Zona Sul, ainda não conheço tudo por aqui. Nunca fui muito do dia, nem muito saudável. “Vampira” de carteirinha, nunca gostei de sol, nem praia. Quando criança chorava ao pisar na areia. Da última vez que fui à praia, voltei com os primeiros sinais de dengue e fiquei trancada em casa por dois meses. Uma verdadeira carioca atípica, talvez por isso, não tenha conhecido tantos lugares fantásticos que deveria, enfim...

Hoje, depois de dois anos de promessa do Grande Oráculo, pegamos o carro e o Mister Lerdinho, e fomos GO, Miss Dentucinha e Litlle Bem, para as Paineiras. Um lugar maravilhoso. Subimos ao som de Janis Joplin e vendo o Rio de Janeiro aparecer diante de nossos olhos. A cada curva, o vento gelado no rosto e os cabelos bagunçados. Primeira parada, mirante e depois, uma ducha gelada na cabeça, que fez todo peso do dia-a-dia ir embora num instante. A água escorrendo pelas costas e o clima quente do Rio. Como é bom ser carioca! Finalizamos no mirante do Dona Marta e voltamos para o escritório, afinal Mister Pausinha estava “puto” por ter que atender o telefone. Ó vida cruel!

Alma renovada, corpo relaxado, mente sã, era hora de voltar a trabalhar. Aqui está um baita agito. Hoje acontece uma festa fechada e parece que a coisa vai ficar boa. Além da presença ilustre de Miss Nica, que embriagada de champanhe, nos escolheu para desabafar. Bukowski: reduto de malucos na “fossa”. Festa armada. Continuaremos no champanhe, acompanhados de ostras gratinadas. E seja o que nós quisermos.

Renovada,
Miss Janis.

19 de out. de 2010

TRABALHANDO COM AMIGA, VOCÊ ACABA SE CHAMANDO BETE GINGA E ELA, DONA LARA



Não me lembro se já contei essa história (a seqüela é grande), mas vim trabalhar aqui por meio de uma amiga: Miss Nica, que tinha morado comigo e me conhecia há anos. Um dia, ela batia um papo comigo no MSN quando escrevi: tomar no cu é poesia. Grande Oráculo, o grande pensador do Bar Bukowski, gostou da afirmação e me contratou alguns dias depois. E aqui estou, há dois anos.

Na mesma época que eu, Miss Dentucinha entrou na noite do bar. Quando a conheci, ela era uma menina de 20 anos. Tinha um filho de dois. Bebia pouco. Não falava alto com os outros. Eu tinha que a fazer peitar cliente abusado. De fato, ela foi minha “pupila” na noite. Vi seu primeiro grande porre na noite do bar. Estava na sua primeira manhã no Bukowski. E, hoje, ela se vira melhor do que eu.

Nesse fim de semana, depois do chá, deixamos de lado nossos personagens, Miss Dentucinha e Miss J, e nos tornamos: Dona Lara e Bete Ginga. Nossos codinomes na noite bukowskiana. Agora, quando vocês virem duas loucas na pista não se assustem. Entrem na ginga e peçam um gole. Elas são: Beeete e Lara!

Adocicadas,

Miss J e Dona Lara

18 de out. de 2010

O CHÁ ERA BOM, MAS A DIVERSÃO FOI MELHOR AINDA


Final de semana agitado por aqui. Gente nova, pessoas interessantes e momentos inusitados. Bar Bukowski e vocês: modificando a noite do Rio de Janeiro. Sexta, os clientes foram agraciados com Nietzsche, Zaratustra e doses de absinto. Uma noite abrilhantada com fadas e mais fadas verdes. E cheio de clientes bêbados e felizes. Nada como o líquido verde...

Minhas férias da noite foram reduzidas de um mês para uma noite. Por isso, trabalhei os dois dias. Minha função de observadora, apesar de cansativa, é muito divertida (ainda recebo por isso!). Nesse final de semana, conheci pessoas muito legais. O pessoal do escritório não ficou por aqui. Presente, só Miss Dentucinha.

Na sexta, recebemos a visita de Mister Hein, nosso amigo, ator e morador da Chapada Diamantina. Ele na verdade mora no Rio há algum tempo, mas veio de uma viagem à sua terra natal. E junto dele, um chá especial e legal. Quando o encontramos na noite, ele de imediato nos mostrou a garrafinha. Um líquido turvo, de sabor amargo e nome esquisito. Hesitamos. Até maluco tem medo. Mas estávamos entre amigos e valia a experiência. Tomamos. Meia hora, e nada. Quarenta minutos, e tudo. Fomos tomados por uma onda de riso. Era quase impossível parar. E não paramos. Bebemos até as 13h, com direito a absinto, uísque e cerveja. E, de três, passamos a dez pessoas. Todos doidos ao som do rock ‘n’ roll.

Abs,

Miss Janis.

13 de out. de 2010

DEPOIS DE DOCES, BALAS E PULA-PULA, HORA DE VOLTAR A SER ADULTO E ENFRENTAR A MERDA ATÔMICA. POR QUE A VIDA TEM QUE SER ASSIM?


Três dias de loucura total no Bar Bukowski. Casa lotada na sexta, no sábado e na segunda. Dia especial na véspera do Dia das Crianças, com a festa “I don’t wanna grow up”. Vimos o Bukowski se tornar uma grande festa infantil para adultos. Entre as atrações: pula-pula, piscina de bolas, chocolate, maça do amor, mágico, entre muitas mais. Os adultos se divertiram como boas crianças que são, e o Bukowski se transformou em festa de criança.

Muitas histórias para contar, outras já foram esquecidas pela quantidade de álcool ingerida durante o feriadão, mas a melhor, ou a pior, foi a história da merda atômica. Segunda, eu não vim. Sábado, tive uma síncope nervosa graças ao “Rivotril” com álcool. Não caiu bem dessa vez. Enfim, recebi folga. Um mês inteirinho longe da noite. “Eba”! Merecia. Enfim, então, quem trabalhou foram outras pessoas.

Hoje, fui a primeira a chegar no Bukowski. Ao entrar, um cheiro de “meerda” inacreditável. Abri correndo as janelas. Enfiei a cabeça para fora. Respirei fundo. Puxei o ar umas três vezes. Tampei o nariz e saí correndo a fim de não perder o ar. Abri a porta. Senti-me tonta. Nessa hora, era possível até ver uma névoa que tomava o ambiente. Não olhei. Fechei os olhos em busca da descarga. Puxei, e o cheiro não se foi. O ambiente estava de fato contaminado. E foi assim o dia todo.

Com isso, terminamos assim: trabalhando na laje, com os “lap-tops” no colo, bronzeados e levando cantada dos pedreiros da obra ao lado. Amanhã, faremos o concurso: Garota da Laje Bukowski 2010. Contamos com seu voto.

Com insolação,
Miss J.

6 de out. de 2010

TODA VEZ QUE EU ACORDO DERROTADA E DE RESSACA ASSIM ME PERGUNTO: PORQUE VOCÊ NUNCA APRENDE?


Caros amigos bukowskianos, ontem o espírito de Charles Bukowski esteve aqui. Porque além de desistirmos do filme, a garrafa de absinto não foi suficiente, as paredes do Bukowski se tornaram estreitas e nós tivemos que invadir a rua atrás de algo mais.

Começamos cedo. Acreditando que o filme começaria às 19h20, viramos a primeira dose do absinto que ganhamos do Dr. Guitar às 18h. Não satisfeitos, resolvemos virar mais uma e logo, a “saideira”. Já estávamos tão bêbados que o filme pareceu inapropriado. Com certeza, veríamos espírito no cinema. Com isso, terminamos com a garrafa de absinto e tomamos a rua já tresloucados e alucinados. “Eita” “bebidinha” maldita!

Primeiro destino: Lapa - porém, o trânsito e a falta de rock e o excesso de samba, que não era a pedida da noite, nos fez mudar de caminho.

Segundo destino: bar de rock em Ipanema – porém, estava fechado.

Terceiro destino: o bar em frente ao bar de rock em Ipanema. Porque a essas alturas só uma dose dupla de uísque e algumas cervejas para relaxar.

A companhia estava ótima. Presentes: Miss Dentucinha, Baronesa, Grande Oráculo, Mister Pausinha e eu. A música é que estava péssima. O cantor, que deve ser filho do Wando (aaah... nessa hora, podemos ver as calcinhas voando), só cantava o melhor do brega. Mas valeu a intenção. Até porque GO estava inspirado. O que rendeu inúmeras gargalhadas.

Porém, insatisfeitos com a qualidade sonora e preocupados com nossos ouvidos, arrumamos um quarto e último destino. Acordamos a mãe do Mister Money e pegamos a chave do lugar mais secreto e especial do mundo: Bukowski. Terminamos ao som do rock ‘n’ roll e entre garrafas e garrafas de bebidas que já nem sei mais quais. Enfim, ressaca hoje e amnésia certa. Se alguém foi sacaneado ontem nas ruas de Ipanema por um bando de malucos, fomos nós. Bêbado é um ser inconveniente.

Cheia de sono,

Miss J.

5 de out. de 2010

DEPOIS DE UM DIA DE SOL, UM ALMOÇO NA PRAIA: NOSSO BAR


Chegamos aqui hoje, todos animados com o dia de sol. Grande Oráculo, nosso líder supremo e absoluto, chegou aqui daquele jeito: animado e cheio de energia graças ao mergulho na piscina diário. Então, hoje seria dia. Programação: almoço no Leme. Pegamos nossas panças esfomeadas e seguimos rumo à praia.

Grande Oráculo, Miss Dentucinha, Miss Artista, Mister Pausinha e eu tentamos pegar um único táxi, mas de fato estamos ficando gordos ou, como diz Mister Braço, inchados por causa da cachaça. No final, desistimos: - É melhor pegar dois táxis.

Ao chegar, estávamos elétricos. Começamos a atazanar o garçom, tentando escolher uma mesa que desse para fumar e que não nos matasse de frio, pois, afinal, assim que pisamos nos arredores do Leblon e avistamos as ondas do mar do Rio de Janeiro, o tempo fechou. Mas ainda estávamos animados. Estávamos entre amigos. Menos Mister Money, que ficou sozinho no bar e puto da vida porque não estávamos aqui. Depois, ficou tudo tranqüilo. Para amenizar o clima, bolinha de queijo, que na verdade mais parecia um bolão, para deixar o garoto feliz.

Para a noite, estamos na dúvida: assistir “Nosso Lar” ou ir para o “Nosso Bar”. Grande Oráculo e Mister Pausinha são ateus, e eu, kardecista. Em “Chico Xavier, o filme”, fomos os três ao cinema. Já imaginam a cena? Os dois me perturbando no cinema. Então, eles queriam porque queriam ver “Nosso Lar” comigo. Porém, em contrapartida, Baronesa chegou aqui, e depois de virarmos uma dose de absinto, cada um em homenagem a essa grande atriz brasileira, ficamos tentados a ir para o nosso bar. A sorte está lançada.

“Absintada”,

Miss Janis

4 de out. de 2010

NÃO AGUENTOU. NA ASCENSÃO DA VIDA SÓ ARRUMOU MAIS TRABALHO E UM CIGARRO COMO BRINDE



Final de semana de muito trabalho no Bukowski. Promovida ao posto oficial de “marketing” na noite do Bukowski, trabalhei como um burro de carga. Não carreguei nada, só a mim mesma, mas com certeza ficar de um lado para o outro foi o pior de todos os trabalhos que já tive na vida, mas um dos mais divertidos também.

Nos últimos dias, comecei uma campanha de mudança de vida, pois quando o médico disse ou pára de fumar, ou morre, me assustei. Aos 26 anos, ainda tenho um mundo para conquistar. E se é assim, eu paro. Fazer o quê? Então, tinha uma missão: sobreviver a mais uma noite no Bukowski, mas dessa vez, sem cigarro (Pausa para os fumantes acenderem um cigarro).

Sexta, a casa “bombou”. A campanha “Bar Bukowski, toca uma pra mim” estourou a boca de todos os balões. Com isso, muito trabalho, e eu desesperada, louca, maluca por um trago. Principalmente quando os 53,5% de volume de álcool do absinto chegaram ao meu cérebro. Especialmente depois da terceira, quarta ou quinta dose.

No final, escondida no lava-jato, era o momento de acender o cigarro que ganhei de um cliente. Estava escondida, bêbada e com cara de quem estava fazendo merda. Fiquei tão emocionada, tão emocionada, mas tão emocionada, que acendi o cigarro ao contrário. Droga. Precisava de outro. Olhei para o bar, vi um cigarro que dava mole (era de uma das “bar-tenders”, ainda não virei ladra). Corri. Peguei. Acendi. Quase morri. Acabei com uma tosse, com o perdão da palavra, “fudida” e cheia de asma mais uma vez. Droga! Maluco nunca aprende. No fim, pessoas felizes, e Miss Dentucinha e eu até as 6h30 alucinadas na pista. Tudo culpa do absinto.

Animada com o novo,

Miss J.



1 de out. de 2010

AO ABRIR A BOCA NÃO SAIU UMA SÓ PALAVRA. ESCUTARAM APENAS LATIDOS



Semana de muito trabalho aqui no Bukowski. Ontem, ficamos enrolados com a lista do “Bukowski: toca uma pra mim”. Por isso, nos armamos de garrafas e garrafas de álcool e ouvimos muito “rock ‘n’ roll”.

* Incumbência: escolher 40 músicas para tocar na pista de hoje.

* Local da missão: Bar Bukowski.

* Grau de risco: alto.

* Convocados para a missão: Mister Pausinha, Miss Dentucinha, Miss Artista e Miss J.

Começamos por volta de 17h com uma lista de cem músicas. Algumas novas, outras nem tanto. Músicas muito boas, outras mais ou menos. Enfim, depois de duas garrafas de uísque, ficamos bêbados. E o escritório ficou apertado demais para nossa pista.

Mas a história de hoje não é essa. Grande Oráculo e Mister Pausinha resolveram começar a discutir sobre política a dois dias da eleição. Estávamos aqui, todos entusiasmados e exaltados. Maluco discutindo sobre política é pior que bêbado brigando por futebol. Do nada, só escutamos Grande Oráculo, falando para o Mister Pausinha: “o que você está falando não tem sentido. Para mim você não está falando. Está latindo.”

Não havia mais sentido insistir na discussão. O Bar foi tomado por uma grande gargalhada. E nesse momento já não havia mais sentido em Rouseffs, Serras e Silvas. Ligamos nosso som no alto. Largamos a política e voltamos ao velho “rock ‘n’ roll”.

Entusiasmada,
Miss Janis.

 

29 de set. de 2010

ENTRE FANTASIAS E CALCINHAS, SOBREVIVEMOS A TODAS


A história não é pornô. Podem mandar as crianças voltarem para a sala. Está entrando no ar o meu, o seu, o nooosso: Bar Bukowski!

Estava com saudades das nossas histórias, mas a semana está uma loucura. Estou em prova na faculdade e, entre farinhas, facas e bombinhas, não deu. Não havia muito que contar. Mas hoje não. Hoje a histórias é boa.

E, para começar, ontem foi noite das meninas. É “foda” (tirem as crianças de novo da sala) viver entre homens. Apesar de sermos mulheres de calça, de falar sacanagem com eles, de falar de futebol, é difícil termos um tempo só para nós. Ontem, animadas, resolvemos fazer um programa só nosso, destino: “sex-shop”. Nunca havíamos ido. Pegamos nossa “semanada”, pegamos um táxi e seguimos rumo a Ipanema. Chegamos lá daquele jeito: envergonhadas. Entramos, olhando para os lados e com cara de perdidas no Rio de Janeiro. E de fato estávamos. Perdidas, mas animadas. Vimos tudo. Primeiro, fingimos que não queríamos nada. Depois de uma hora na loja, saímos tristes. Não porque não achamos nada, porque até achamos, mas porque foi embora quase o salário inteiro. As meninas do Bukowski admitem: muito divertido ir ao “sex-shop”.

Na saída, animadas com gel, purpurinas e sedas, o destino era certo: cachaça na Zona Sul do Rio de Janeiro. Missão: levar a Miss Artista, que é natureba e anti-alcoólatra a tomar um porre de felicidade. E ela tomou. Entre doses e doses de tequila, as calcinhas saíram do saco e as calças saíram dos corpos e voltamos mais uma vez a ser meninas.

Instigada,

Miss Janis.

28 de set. de 2010

ENTRE O SOM DA BRITADEIRA E O RONCO DE UMA “HARLEY” QUEBRADA




Quem veio ao bar deve ter reparado que temos uma oficina e um lava-jato. Explico: de segunda a sábado de manhã, funciona a oficina de motos do Chicão. A “Harley Davidson”, além de especialidade, é maioria por aqui. Eu sempre gostei de motos. No início, era uma forma de implicar com mãe e pai. Rebelde e revoltada, sempre gostei delas. Porém, de tanta implicância, fiz meus pais se apaixonarem por moto. Meu pai tirou a carteira com 50 anos. E hoje, na minha antiga garagem do Recreio tem uma “Shadow” e uma “Fat Boy”. Ah, se fosse naquela época. Deus realmente não dá asas a cobras.

Porém, mesmo gostando delas e do barulho que elas fazem, a coisa mais infernal é tentar escrever com uma moto defeituosa no andar de baixo, além de enfrentar a britadeira do prédio ao lado. O que está acontecendo no momento. Agora entendo os vizinhos. Então, não dá. Só amanhã.

27 de set. de 2010

EM BUSCA DE UM “SÃO” CHAMADO BERNARDO



Tentei escrever, mas a vontade do Grande Oráculo por um cão São Bernardo era maior. Então, hoje a culpa é dele. Sem texto. Só amanhã. Hoje, apenas atrás de um São Bernardo de pêlo curto. Alguém me ajuda?

Tentando agradar aos malucos de plantão,
Miss Janis.


 

23 de set. de 2010

O CASO ERA SÉRIO, MAS ACABOU COMO SEMPRE NA SACANAGEM


Inacreditável a capacidade do Bukowski de nos fazer conhecidos. Ontem, possuída por uma bronquite asmática, meu corpo me levou para o São Lucas. Não agüentei. A capacidade de respirar era nula. Ao chegar, uma hora de espera. Vi o Grêmio sair na frente e o Flamengo empatar. Vi uma senhora com uma tosse que dava de dez na minha e nada.

Até que a médica, na faixa de seus trinta e poucos anos, abriu a porta e disse: eu a conheço de algum lugar – Pronto! Tinha sido desvendada. Pensei nas possibilidades, mas não encontrei. Ela, nascida na Zona Sul, e eu, criada no Recreio. Não estariam ali nossas afinidades. Até que pensei, pensei e pensei. E já estava quase maluca de pensar, quando falei: é do Bukowski. Foi aquela festa. Gritinhos de alegria e surpresa ecoaram no ar. Senti-me constrangida, mas gritei também. Não largaria minha vida na mão de um médico desapontado e desanimado. Gritei também. Se fazer barulho me ajudasse, teria até chegado com banda. Droga! Fica pra próxima vez!

Então, sentada no canto de um ambulatório, inalando a fumaça do Berotec, tive a melhor onda da vida: a capacidade de respirar. Mas, sem dúvida, a maior e melhor de todas as surpresas ainda estava por vir. Enquanto estava no consultório e era medicada, e examinada, fiquei por volta de duas horas desaparecida. Mister Jimmy H, que estava comigo, ficou desesperado. Com isso, ligou para o Mister Money, que ligou para o Pausinha, que ligou para Miss Dentucinha, que ligou para o Oráculo. Pronto! A gangue toda reunida, em busca de um de nós: eu.

Ao sair do ambulatório, estavam todos em cima da atendente aos berros. Tanto que eles nem notaram que eu estava lá. Até a hora que ouviram “O” meu berro. Ai, ai, ai... Essa minha família. E como diz a propaganda: internação e nebulização: R$ 500,00. Ter seus amigos brigando por você: não tem preço.

Terminamos num bar em “Copa”, eles a base de uísque para relaxar, e eu a base de corticóide e suco de laranja sem gelo. A vida não poderia ser justa mesmo, mas definitivamente ela é bastante divertida. Bar Bukowski, sobrepondo os limites da vida.

De molho,
Miss Janis.



22 de set. de 2010

FALTA O AR, FALTA “BÓIA”, FALTA TUDO. SÓ NÃO FALTAM AMIGOS PARA TODA A VIDA


Olá roqueiros de plantão,


Hoje, nossa central de notícias está meio sem ar. Ou, então, é quem escreve mesmo. Cheguei aqui, como numa ópera de Beethoven, com o drama e a emoção esvaindo pela pele (pausa para contar, acreditem se quiser, que Charles Bukowski era fascinado por música clássica). Estava em crise de bronquite e totalmente sem ar. O pessoal do escritório, que já estava aqui, levantou em sobressalto. Grande Oráculo me cedeu inclusive a cadeira de balanço e Mister Pausinha, sacou o Berotec que, sem dúvida, é muito mais forte do que a bombinha que uso e me fez abrir a boca para colocar. E gritava: puxa! Puxa! Puxa! – Puxei. E fiquei quase sem ar de tanto puxar. Ainda bem que não era: empurra, empurra e empurra. Teriam achado que pari o porco.

Não pari, mas tive certeza, dos amigos maravilhosos que tenho. Apesar, de parte da culpa, ser desses cretinos que começaram a me embriagar desde 15h da tarde de ontem. Não posso. Não dá. Mas fazer o quê? Bar Bukowski: contratando alcoólatras desde sempre.

Esbaforida,

Miss J.

21 de set. de 2010

CAMPANHA: BAR BUKOWSKI, TOCA UMA PRA MIM



Amigos e amigas,

Quando eu estava na faculdade de jornalismo, nunca achei que terminaria trabalhando com um monte de malucos, no marketing de um bar de “rock”. Nós do “marketing”, somos uma espécie de mensageiros das sombras. Não somos vistos. Não somos conhecidos, mas são nossas idéias malucas que ajudam a criar a idéia que as pessoas têm do bar.

É engraçado quando andamos pela a noite do Bar Bukowski. Nas sextas e sábados, vemos a conseqüência de um trabalho feito a oito mãos, com a aprovação é claro, do Grande Oráculo, o grande pastor das “ovelhas do mal”. E temos ouvido várias coisas que nos deixam eletrizados e com vontade de fazer a coisa ainda melhor.

Quanto ao título do texto, apesar de a frase parecer estranha, não fiquei maluca, nem virei prestadora de serviços sexuais. Como vai funcionar a campanha: mande seu “rock” ou “rocks” preferidos para as mídias ou para o email contato@barbukowski.com.br. Os melhores sons serão postados no “Facebook” e “Twitter”, e o mais votado ou comentado do dia ganha uma surpresinha do Bar Bukowski. Mandem seus email e suas músicas. Vamos agitar as redes.

Hoje, tem festa. Ainda não sabemos onde, mas o vinho já está rolando solto desde às 15h. “Eita, brainstorming” (reunião de idéias de todo marketing)!

Já embriagada,
Miss J.



20 de set. de 2010

SOBREVIVENDO A UMA NOITE NO BAR BUKOWSKI



Esse final de semana, eu não trabalhei. Saí da cozinha e fiquei duas noites dando pinta no Bukowski. Confesso que, de início, achei meio estranho. Estou há dois anos trabalhando na noite do Rio. Muitos rostos e nomes já passaram por aqui. Alguns se tornaram eternizados; já outros, apenas uma dança até o amanhecer. Acho que desaprendi a ser cliente. Então, o desafio: ser um cliente no Bar Bukowski. Entrar na fila, pedir bebida, dançar a noite toda, entrar na fila de novo e sair.

Cheguei por volta das 23h. Na verdade, saí do escritório e entrei na fila. Estava tranqüilo. Peguei uns 15 minutos de fila. Nada que a cerveja gelada da tia que fica aqui na porta não ajudasse a agüentar. Entrei. Revi os amigos. Muitos abraços. Era despedida de uma grande amiga da casa e, por isso, todos do “conselho dos especiais” presentes. Era dia de matar a saudade.

Fui ao bar de dentro, que tem a cerveja mais gelada da casa, graças ao Super Gugú, pegar a Heineken nossa de cada dia. Estava ótima. Geladinha como sempre. Levei-a junto comigo ao bar de fora, onde fumei narguilê, joguei conversa fora com as meninas do bar e agüentei o falatório do Boka, além da lerdeza do garçom mais “rápido” do Bukowski: o Garçom Popeye.

Depois do “tour”, invadi a pista e de lá só saí às 7h, quando finalmente fizeram o DJ Vitinho parar. Estava bêbada, leve e feliz. Terminamos todos na minha casa. Hora de relaxar e comer, acompanhados de mais cerveja. Bar Bukowski, fazendo a alegria de clientes e funcionários.

Animada e energizada,

Miss J.

16 de set. de 2010

MESMO O MAIOR PIRATA DO MUNDO PRECISA PARAR



Ufa! Começo este texto com um suspiro, não porque esteja cansada, mas porque estou aprendendo o valor de se respirar. Então, respiremos antes de começar. Temos a chance de praticar um ato involuntário, voluntariamente, para entender o quanto basta somente estar vivo.


Hoje, não fizemos muita coisa por aqui. Grande Oráculo não veio e com isso ficamos todos desanimados. O cara é chato, mas faz toda a diferença. Eu quase que não venho também. Estava mal. O clima está frio. Dia ótimo para umas “horinhas” em casa. Porém, o show não pode parar e o barco do Rock tem que zarpar. Por isso, praticamente morta, mas com toda a rebeldia e energia de um “Pirata do Rock”, vim trabalhar.

Ao chegar tentei fumar um cigarro. Devido à bronquite, furo o cigarro todinho e puxo, puxo e quase não sai fumaça. Talvez desista de tanto puxar. Mas não sei o que aconteceu. Não sei se foi o efeito da corticóide ou de ficar puxando, acabei doida como se fosse o primeiro “cigarrinho de índio” da vida. Ri, emiti sons desconhecidos e me lembrei do quanto é bom ser jovem. Hoje, o que mais espero de uma semana é um bom “Fantástico” para o domingo (estou sem TV a cabo nem um bom filme. Aceito empréstimos), e o único cigarrinho que tenho consumido são aqueles de chocolate (ai... que saudades da nicotina).

Por fim, é isso! Sem muitas histórias de super heróis. Estamos velhos. Já não temos mais aquele pique. Ou foi a boêmia que acabou com a gente? Enfim, sei lá. Sabemos que vamos vivendo. Até mais do que o bar, resistindo desde sempre e talvez para o todo sempre. Isso é com vocês.

Abraços,

Miss J.

15 de set. de 2010

A CADA CLIQUE UMA SURPRESA DIFERENTE. ADMIRÁVEIS SÃO VOCÊS


Companhia Bukowskiana,

A cada vez que abrimos o “blog” e vemos expressões e gestos de carinho, nos emociona. Saber a força de um texto que é lido, em lugares que desconhecemos, nos deixa felizes por um trabalho desenvolvido com muita alegria e muito amor.

Comecei a escrever aos nove anos, na minha “Olivette” verde. Na época, fui a única neta de seis que preferiu a máquina ao disco do Dominó. Não que enxergue burrice na escolha dos meus primos; éramos todos crianças, mas sempre gostei mais da minha escolha. Naquelas teclas, descobri um mundo de diversão, dividido entre as palavras e eu. De uma geração mais nova. Remanescente de “Laranja Mecânica” e “Edukators”, continuo acreditando que cada célula revolucionária é uma revolução. E escrever, para mim, deveria ser isso. Fato que me afastou definitivamente do jornalismo. Não estava a fim de meias verdades.

Por isso e muito mais, que me apaixonei por esse lugar. Aqui trabalho de “Havaianas”, fumo meu cigarro deixando as cinzas cair no teclado (quer dizer fumava, pois estou proibida de me aproximar do cigarro), bebo quando preciso beber (e até quando não preciso), grito quando tenho que gritar e choro, quase sempre: herança dos italianos. Ontem, por exemplo, queríamos beber um vinho. Eu estava bem mal e não fui. O que me salvou. Hoje, ao sair do médico, descubro que estou numa grave crise de bronquite. Então, Grande Oráculo e Baronesa resolveram ir para o “Oui-oui” em busca de comida boa e vinho bom. Terminaram me ligando às 22h completamente bêbados. Queriam a chave para voltar ao Bukowski e dançar. Sorte que esqueci a minha chave e quem acabou dançando foi Mister Money, que, além da chave, ainda perdeu dinheiro para o Grande Oráculo. Coitado do menino; pão duro que é, deve estar chorando o dinheiro até agora.

Sem ar,
Miss Janis.

14 de set. de 2010

PODEM JOGAR PEDRA, ELA DE FATO COMETEU UM PECADO



Amigos e amigas,


De fato, nosso blog está quase dando moscas. Sim, cometi um erro, mas me explico. Tivemos uma semana sem Internet, e eu tive duas semanas de abstinência de criação. Fiquei extremamente doente e estava praticamente colocando a alma por cima e por baixo. Tive que me ausentar.

Com isso, quem escreveria? Mister Pausinha, além de mim, é também um dos escritores da casa. Quando não é ele, sou eu quem escreve e vice-versa, mas no quesito “blog”, eu não toco no dele e ele não toca no meu. Cada escritor tem um jeito de escrever. Ele enrooola. Eu sintetizo.

Mas agora, cá estou eu, e com algumas histórias para contar. Sábado tomamos uma bebida mágica. Vou evitar os nomes, pois nossas mães têm lido os blogs – beijo, mãe. O garoto problema aqui é o Mister Pausinha. Enfim, tomamos a tal bebida e ficamos literalmente numa “chuva de risos”. Não nos molhamos, só se fosse de tanto rir, e terminamos a noite de sábado para domingo invadindo a pista do Bukowski. Não queríamos expulsar os clientes, mas a animação era grande. Só saímos às 14h de domingo. A coisa foi animada.

A novidade do escritório é o Mister Pig, novo animal de estimação do Grande Oráculo. Ele ainda não chegou. Terei que ir a Seropédica para buscar o animal. E não se assustem, pois, de fato, estou falando de um porco.

Hoje tem vinho. Ainda não sabemos onde. Pensamos na Lapa, pensamos em jantar, mas devemos terminar por aqui mesmo. Miss Janis, que vos escreve, ainda está ruim de saúde, mas sofrendo de abstinência de álcool. Não dá para ir para longe, nem ir para lugar sem banheiro. Segura que a coisa está ruim.

Desidratada,
Miss Janis.

31 de ago. de 2010

COM O CORPO QUENTE E RELAXADO, OUVIU A MENTIRA DO ANO E TORNOU SEXY O QUE ERA APENAS SENSUAL


Após a CEG abrir meu gás, e eu conseguir lavar meus cabelos na ducha, não mais no copinho, estava animada. Depois da aula, deixei o almoço pronto para o Mister Jimmy , meu marido, e vim caminhando alegremente para o Bukowski. O Grande Oráculo estava aqui e nos levou para almoçar.

No restaurante, o garçom que nos atendeu era uma simpatia. G.O, como bom mentiroso que é, inventou que o garçom tinha sido o fundador do comando vermelho e que agora estava regenerado, após 20 anos de prisão. Miss D e eu ficamos embasbacadas com a informação. Primeiro, não acreditamos. Mas depois que o Mister Pausinha, mais mentiroso que o Grande Oráculo, disse que ele também conhecia a história do garçom, acreditamos. Porém, ele falou que sabia da história para não dizer que não sabia da história. Um grande mentiroso o garoto.

Voltamos certos de que a festa da véspera do feriado seria o “Dia do Sexo” somente. Passamos uma hora para inventar as intervenções da festa. Não conseguimos. “Eita” tema difícil. Com isso, demos uma mudada. Ligaremos o dia ao fetiche. Vocês não esperam por esperar. Esse lugar vai ficar divertido. Não vou contar as surpresas, mas elas vão ser especiais. Bar Bukowski: o seu escravo.

Hoje à noite tem festinha. Êêê... Não sabemos a programação. Até porque estou na dúvida: álcool ou minha água quente? Ou então um álcool quente? Sei lá. Talvez o banho quente, um pé quente e a velha dose de uísque e rock ‘n’ roll.

Aquecida,

Miss J

26 de ago. de 2010

TIROU O NÓ DA GRAVATA E COLOCOU O PÉ NA AREIA. ERA CHEGADA A HORA DA FAXINA

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Amigos e amigas,

Começo o dia hoje despencando da escada. Resultado: uma luxação no tornozelo esquerdo. Meu pai, que é ortopedista diria: gelo e analgésico, mas, hipocondríaca assumida que sou, saí correndo para o médico, que disse: gelo e analgésico. Estava certo quem disse que “santo de casa não faz milagre”. Tenho andado com uma “zica” das bravas. Banho de pipoca nela.

Estava achando que hoje seria daqueles dias, mas estava enganada. Grande Oráculo, assim que chegou, perguntou se havíamos almoçado. Era claro que não. Vampiros que somos, não conseguimos comer até as 14h. Com o almoço, Mister Braço e Mister Fax aproveitaram para fazer a grande faxina no escritório. Além de se desfazer das inúmeras garrafas espalhadas, os livros e DVDs empoeirados, ainda teria que se desfazer das nossas “tralhas emocionais”.

Eles ficaram aqui na faxina, e nós fomos a caminho da Urca. Almoço a beira-mar. Incrível a beleza da simbiose entre homem e natureza. Fomos alimentados pela beleza da natureza, pelo barulho do mar (a água só podia estar limpa, governo) e pelo camarão que estava “maaaravilhoso” (pausa para a água na boca). Ficamos leve. Bar Bukowski recomenda: sente-se à mesa com pessoas que você ama e desfrute da natureza e das companhias. Isso vale mais que um milhão. De fato, amo estar com meus amigos.

Voltamos satisfeitos e para um lugar que dá vontade de estar dentro. Tudo arrumado. Cheiroso. Sem garrafas, sem guimbas espalhadas no chão...Nada que nos envergonhe de receber visitas. Escritório aberto para visitação. Não dê bebida aos animais.

Animada e inspirada,

Miss J.

24 de ago. de 2010

COM MEDO DA VERDADE, MENTIU. JÁ NÃO TINHA MAIS A MESMA CARA DE PAU

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Uma das grandes características do Grande Oráculo é a sua capacidade de assumir um compromisso e depois sumir. Um desses compromissos é com a Miss Terapeuta todas as terças, às 16h. É o dia de o patrão colocar o “papo” em dia com a psicóloga. Porém, há quatro terças seguidas, ele chega no escritório e pede para desmarcar a consulta. Como já disse num texto anterior, eu sou secretária dele, além das outras tantas tarefas que tenho aqui. Ou seja, quem liga sou eu.

Hoje ele até ia. Já tínhamos confirmado com a terapeuta. Quando estava chegando a hora, liguei para o Mister Lerdinho vir buscá-lo. Mister Lerdinho, que além de lerdo é um péssimo motorista, havia batido de carro. Já íamos zoar, pois foram três batidas em cinco meses, mas não foi o coitado. Uma mulher de Mercedes bateu nele e saiu correndo. Estava com medo de pagar a batida. Ele foi atrás. Anotou a placa. Teve que esperar a polícia.

Com a aventura de Mister Lerdinho, Grande Oráculo usou a história e fingiu para a Miss Terapeuta que estava no acidente. Tive que ligar de novo e desmarcar a consulta. Mais um dos mimos do Grande Oráculo. Ai...como esse “cara” é mimado.

Surpreendida,

Miss J

19 de ago. de 2010

DESEQUILIBRADA, CORTOU OS PULSOS E FEZ OS AMIGOS RIREM. ERA UMA “PEGADINHA”

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Os nervos continuavam os mesmos. Estressada com a mudança e com todo o resto. Não havia muita vontade de rir. A raiva era maior do que tudo, e o desespero se tornou ainda pior, quando soube que haviam sumido três envelopes com salário do escritório. Com isso, vamos voltar às informações. Eu estou me mudando para onde era o escritório do Bukowski. Até ontem, era o escritório e minha casa. Fiquei desesperada. Com certeza ia sobrar para a dona da casa.

Cheguei no escritório extremamente raivosa. Com vontade de esganar alguém se possível. Grande Oráculo que não vinha há dias, estava almoçando com Mister Pausinha. Miss D, Miss Artista, Mister Esquisito, técnico que apagou as minhas coisas, e eu estávamos aqui trabalhando. Quando avistei o vidro de sangue falso da festa do Hitchcock,a idéia maligna foi se criando na minha mente. Vamos criar um suicídio. Eu já andava meio esquisita durante a semana. Pegamos uma faca e enchemos de sangue. Enchemos o pulso como se houvesse um corte e Miss Artista pintou minha cabeça com sangue. Estava morta. Esperei quase uma hora no chão frio.

Quando eles chegaram, todos se trancaram na salinha ao lado e eu fiquei atirada no chão. Eles gritavam e batiam na porta. Grande Oráculo ficou desesperado até que não agüentei e caí na gargalhada. Mistério desvendado e gargalhadas garantidas. No final, depois do chão gelado, ganhei um “febrão”. Santa inteligência a minha.

Adoecida,

Miss J.

18 de ago. de 2010

AFUNDADA NA TRALHA, JUROU: EU AINDA MATO ESSA VELHA

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Não deu para escrever nos dias anteriores. Estamos sofrendo uma guerra com as máquinas, que atrapalharam e muito o nosso trabalho. Segunda não estive aqui. Fui pega por uma tristeza grande, então, era hora de reequilibrar.

Ontem, um “gênio” da informática apagou meus documentos de uma vida toda no Bukowski. Fotos, textos, imagens, frases que usamos no Facebook. Um acervo enorme de coisas, músicas e lembranças. Fiquei chateada. Partida e estarrecida por não ter “backup”. A esperança é o técnico que vem amanhã.

As coisas estão meio desanimadas aqui. Grande Oráculo não aparece há alguns dias; Mister Pausinha tem trabalhado em casa; Miss D trouxe, hoje, o filho. Brinquei de carrinho na laje; e eu, estou de mudança. Longe da faculdade, dos meus amigos, de tudo.

Estou vivendo uma grande loucura para mudar de casa. Hoje, quase tive mais um ataque de ansiedade extrema. Muito Rivotril na cabeça mesmo. Minha sogra, sogro e cunhado vão passar uns dias com Mister Jimmy H e eu. Minha primeira noite no meu primeiro “apê” vai ser com a minha sogra ao lado e com a tonelada de tralha que veio junto com ela, inclusive os santinhos. Grande sorte a minha!

Não sei se amanhã chego viva. Talvez eu me mate ou, então, mato ela.

Em desespero,

Miss J.

13 de ago. de 2010

SEM TÍTULO, RESOLVEU QUE O CHAMARIA DE “ROCK AND ROLL”

 

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Não costumo escrever nem sexta, sábado ou domingo. Sexta, porque começam as preparações da noite. Temos que fazer listas de aniversário, decorar a casa, caso seja necessário ao tema. Eu só chego às 17h por conta da faculdade e por causa da longa jornada que só terá fim às 4 ou 5h. Sábado, porque não abrimos o escritório à tarde e normalmente eu estou de ressaca (valeu patrão por nos deixar beber. Como seriam essas jornadas sóbria?). E domingo, porque todo trabalhador merece folga.

Porém, hoje, tomada por uma energia enlouquecida, resolvi escrever. Ontem, acabamos ficando bêbados no escritório. Baronesa apareceu. Miss D, Grande Oráculo e eu, estávamos animados. A rua um caos devido ao debate para governador. Então, era melhor esperar e beber. Como sempre muito bom. Tentamos chamar mais gente. Ontem estávamos animados. Largamos inclusive os jogos, para apenas conversar. Até eu falei. Confesso que não sou muito de falar. Tenho normalmente expressado meus sentimentos, através de palavras soltas por aqui ou ali. Comunicar-se nem sempre é fácil. Enfim, energia!!!

Hoje, tem sexta-feira 13 com Hitchcock no Bar Bukowski. As produções já estão rolando desde ontem. Serão espalhadas pistas pela casa. Os 3 primeiros que descobrirem todas as pistas e avisar no bar de trás com a Renata, ganham um prêmio. Não é porque eu trabalho aqui, mas sinto que hoje vai ser daqueles dias de matar a saudade e de casa cheia. Por isso, cheguem cedo. Para não ter problema na fila. Para fumar um narguilé, jogar uma sinuca. Ouvir um vinil. E sempre. Sempre que vier aqui, lembre-se: somos um tributo ao “rock and roll”, a melhor música criada pela humanidade. Até mais gente, ou não. Estou pensando em passar a tarde na piscina do Grande Oráculo.

Saudações,

Miss J.

* P.S.: Por mais que esteja na merda, pense: tem gente que está mais na merda ainda. Animação gente. Hoje é sexta - feira 13. Recomendamos ouvir “The Doors” para começar.

12 de ago. de 2010

E O LUGAR ERA LONGE. MAS A MEXERICA DA FEIRA, DOCE COMO MEL

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Amigos,

Ontem nada foi escrito. Sempre culpo meu humor, a falta do que escrever, mas, dessa vez, minha reclamação é outra. Ontem fui ludibriada pela NET. A empresa que viria pela manhã para instalar a super internet, apareceu às 17h. Justamente no meu momento de escrever. Por isso, fomos embora cedo e nada de texto para o blog. Foi mal.

De novidade: Grande Oráculo decretou que se a piscina dele não ficasse boa até sexta, eu seria demitida. Nem dormi direito. Entre a insônia que me perseguiu a noite inteira, pesadelos com bombas e piscinas. Surtei. Caí da cama às 6h, pois tinha que resolver essa M...e não é que eu resolvi. Despenquei para a Cidade Nova, atrás das Bombas Catete (jurava que a loja era no Catete. Informação que só tive hoje, às 7h30. Maravilha!). Para esperar, matei o tempo andando pela feira que acontecia na rua em frente a loja. Terminei com um saco de mexerica, que fez a alegria da mulherada do escritório. E uma bomba novinha em folha. Amanhã, eu mesma, vou afundar o Grande Oráculo na piscina.

Ai, ai, coitado do meu sono.

Abs,

Miss J.

10 de ago. de 2010

DEPOIS DE SER ALGEMADO E “ENCOXADO”, AVERIGUOU: ESTAVA PRESO.

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Integrantes da “gangue” do Bukowski,

Ele é o herói do nosso escritório. Militante dos fracos e oprimidos. Grande defensor, incorruptível e bravo. Composto por um forte corpo, destrutível apenas pelo uísque. Ele é... Miiister Pausinha!!! (E a galera vai ao delírio. Mulheres desmaiam nas arquibancadas. Podemos ver o tumulto. Tudo para ver o grande herói). Eee Pausinha, Pausinha,...

Mister Fax, que trabalha na equipe que cuida da casa, se acidentou numa queda de dois metros. Ele diz que caiu. Nós sabemos que ele estava bêbado. Pinguço o rapaz! Ele até foi no hospital na segunda, mas vocês sabem como é hospital público. Ele me chega aqui hoje, com metade da cara em carne viva, e sem conseguir pronunciar uma palavra se quer. O cara estava mal. A coisa foi feia dessa vez. Mister Pausinha que é um “grande cara”, de todos os sentidos, resolveu levar Mister Fax para o hospital. Talvez um pouco mais de instrução ajudasse no hospital. Afinal, “eles” sempre desrespeitam os pobres. Vamos aos exemplos: “Dura” de gente pobre na favela: Tapa na cara; dura de “playboy” na zona sul: 1000 reais; cadeia para ladrão de galinha: 100 anos de prisão; cadeia para rico: viagem para as ilhas gregas.

Ao chegar lá, Mister Pausinha tentou ajudar. Teve que esperar. Esperou mais um pouco. O paciente foi atendido. Queria estar perto, mas teve que esperar. Esperou mais um pouco. Não se agüentou e entrou. Foi abordado por um policial. Tentou lembrar dos seus direitos. Foi ignorado. Algemado e “encoxado”, perguntou por que estava sendo preso. Não obteve resposta. Estava “fodido” (com o direito e perdão da palavra).

Ligou para cá e...nós? O sacaneamos e perguntamos se ele queria um cigarro. Após a sacanagem, fomos resolver a situação. Grande Oráculo, Mister Money e Mister Braço foram para lá. No final, tudo resolvido. Vai ter que prestar serviço comunitário por desobediência a polícia.

Terminamos rindo e felizes. Esse menino é o nosso herói.

Abs,

Miss J.

P.S: Na busca pelos direitos de um cidadão, vale a desobediência. Ganhou mais um ponto, Mister Pausinha.

COM QUANTAS PALAVRAS SE FAZ UMA HISTÓRIA?

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Sobreviventes Bukowskianos,

A semana começa é como sempre não há muito o que dizer. Casa cheia final de semana. Alguns erros concertados, outros que ainda estão sendo resolvidos, mas tudo em paz. Foi tudo ótimo.

Após um final de semana inteiro no Recreio, descubro que a zona sul e zona oeste, fazem parte de dois mundos diferentes. Quando cheguei aqui na zona sul há 2 anos atrás, me sentia diferente. Quando cheguei lá, me senti diferente. Ao chegar nas proximidades de Botafogo, senti: aqui é o meu lar.

Por isso, eu estou de mudança. Após 1 ano na Zona Sul, vivendo na casa de um e de outro. Passando inúmeros perrengues e decepções. Não estava mais feliz. Com isso, apartamento novo. Casa nova. Cama e geladeira comprada. Tudo novo. Na verdade, minha primeira cama, minha primeira geladeira, meu primeiro apartamento. Sensação de que: liberdade. Virei adulta. Bar Bukowski: dando a oportunidade, de uma velha hippie da Lapa, a ter seu próprio “apê”. Não há palavras para expressar.

De resto, estamos planejando uma viagem a Las Vegas. Mais detalhes durante o passar dos dias. Pois afinal, conhecendo meus amigos e a mim, como conheço, isso pode terminar em nada.

Abs,

Miss J.